Os preços do café robusta seguem em alta no mercado brasileiro, atingindo novos recordes reais. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 461,26/saca de 60 kg nessa terça, alta de 2,2% em relação à terça passada, 27. As negociações envolvendo a variedade, contudo, ocorrem pontualmente. Quanto ao arábica, depois de iniciar o mês de outubro em forte queda, as cotações internas da variedade reagiram nessa terça-feira, 4, impulsionadas pela forte valorização do dólar frente ao Real. Ainda assim, entre 27 de setembro e 4 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista registra queda de 1,9%, fechando R$ 497,11/saca de 60 kg na terça. No geral, as negociações da variedade estão limitadas, visto que, segundo colaboradores do Cepea, os armazéns estão abastecidos e, com isso, muitos compradores estão fora do mercado. Além disso, produtores aguardam novas valorizações para ofertar um volume maior da variedade no spot.
ARROZ: Apesar da baixa disponibilidade, valores seguem estáveis
As cotações do arroz em casca se mantêm estáveis neste início de outubro no Rio Grande do Sul. Entre 27 de setembro e 4 de outubro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS subiu ligeiro 0,4%, fechando a R$ 49,66/saca de 50 kg nessa terça-feira, 4. Apesar da baixa disponibilidade do produto, devido à queda na produção no primeiro semestre e ao período de entressafra, a retração compradora tem dificultado uma reação nos preços. Do lado vendedor, conforme pesquisadores do Cepea, a maioria oferta apenas quando há necessidade de “fazer caixa” para atender aos compromissos de safra. Além de algumas despesas de custeio e/ou de investimento ainda da temporada 2015/16, o foco dos produtores é cobrir despesas de curto prazo para a preparação do solo e/ou o cultivo da nova safra (2016/17).
ALGODÃO: Oferta de trading pressiona cotação em sete dias
Os valores internos do algodão em pluma registraram pequenas quedas entre o fim de setembro e o início de outubro. Mesmo com parte dos compradores ativa, as cotações da pluma foram pressionadas pela maior oferta de tradings, que estiveram atentas às quedas externas no período. Já nessa terça-feira, 4, especificamente, tradings se afastaram das vendas e os preços internos se estabilizaram. Assim, entre 27 de setembro e 4 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, recuou 0,82%, a R$ 2,5180/lp nessa terça-feira, 4. Do lado produtor, segundo pesquisadores do Cepea, cotonicultores se dividem entre as entregas de pluma contratada e as vendas no mercado spot. A expectativa de baixa disponibilidade de algodão até a chegada da nova colheita tem retraído alguns vendedores do mercado, que ficam à espera de maiores preços nos próximos meses.