O retorno das chuvas desde o final de fevereiro nas regiões de arábica no Brasil tem levado produtores a realizar os últimos tratos culturais da safra para melhorar o rendimento, segundo indicam pesquisadores do Cepea. Dentre as praças acompanhadas pelo Centro de Pesquisas, a região da Mogiana (SP) foi a mais beneficiada com as precipitações. No Noroeste do Paraná, ainda que tenha chovido menos, colaboradores do Cepea desta região indicam que a maior parte das lavouras está com excelente carga e o enchimento dos grãos ocorre sem problemas. Assim, cafeicultores dessa praça realizam as últimas adubações. No Cerrado e no Sul Mineiro, apesar do retorno das chuvas, alguns produtores têm irrigado as lavouras e outros também fazem a fertirrigação para favorecer o rendimento. Nesse cenário, produtores consultados pelo Cepea mantêm expectativa de boa safra e de maior qualidade.
ARROZ: QUEDA NESTE COMEÇO DE MÊS JÁ É DE QUASE 6%
Os preços do arroz em casca registram fortes quedas no Rio Grande do Sul neste início de março, conforme indicam pesquisas do Cepea. O Indicador ESALQ/SENAR-RS caiu expressivos 5,71% na parcial do mês, fechando a R$ 44,39/sc de 50 kg nessa terça-feira, 7. Segundo pesquisadores do Cepea, no geral, esse movimento está atrelado à baixa liquidez no mercado, visto que poucos são os agentes ativos na comercialização. Indústrias permaneceram retraídas, trabalhando com estoque já adquirido no mercado doméstico ou mesmo importado e recebendo volumes da safra 2016/17. Do lado vendedor, orizicultores consultados pelo Cepea estão voltados às atividades de lavoura, já que a expectativa é de intensificação da colheita neste mês. Alguns produtores com necessidades de “fazer caixa” já ofertam seus lotes de casca da nova safra.
ALGODÃO: INDICADOR INICIA MARÇO MAIS FIRME
Depois de recuar 1,6% em fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4 posta em São Paulo acumula variação positiva de 0,8% nos primeiros cinco dias úteis de março, fechando a R$ 2,7352/lp nessa terça-feira, 7. Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores permanecem firmes, respaldados na possibilidade de o volume restante da safra 2015/16 não ser suficiente até o início da próxima colheita. Os valores pedidos superiores aos ofertados por compradores no spot, por sua vez, vêm acirrando a “queda de braço” entre esses agentes e limitando os fechamentos. Ainda, nos últimos dias, algumas indústrias estiveram fora de mercado.
TOMATE: PREÇOS SOBEM COM OFERTA REDUZIDA
Os preços do tomate recuaram no encerramento de fevereiro, devido à menor demanda durante o recesso de carnaval, segundo indicam colaboradores do Hortifruti/Cepea. Essa queda nas cotações já era esperada, mas, no início de março, a baixa oferta do tomate salada longa vida acabou valorizando o produto na Ceagesp. O tomate 2A foi comercializado a R$ 20,83/cx de 20 kg na semana passada, aumento de 62,4% em relação à anterior. O tomate 3A se valorizou 30,5% na mesma comparação, negociado a R$ 35,00/cx de 20 kg, na média da semana. Alguns produtores comentaram que o volume deve diminuir ainda mais nas próximas semanas, e assim os preços podem seguir em alta.