Como vocês sabem, o câmbio no Brasil é muito suscetível as oscilações nas commodities. Um índice de commodities emendou a terceira baixa consecutiva e acumula um tombo de 12,7% desde os picos em vários anos alcançadas em junho, pressionando adicionalmente os termos de troca do Brasil, uma das variáveis na conta da taxa de câmbio de equilíbrio.
E ontem, o dólar à vista fechou a venda cotado a R$ 5,1405. Subiu também pelo receio com a desaceleração da economia chinesa e expectativa dos próximos passos com relação a alta de juros nos EUA.
Por aqui, a sinalização de que os aumentos no teto de gastos continuarão seja qual for o próximo presidente dá a entender que o debate fiscal vai continuar no foco do mercado por um bom tempo.
Com o início definitivo da corrida à Presidência, veremos elevar a volatilidade no mercado de câmbio local, que historicamente é negativamente pressionado em anos eleitorais. A volatilidade implícita do real para os próximos três meses tem rondado seus níveis mais altos em dois anos nas últimas duas semanas. Mas temos que acreditar também que nossos juros estão bem altos, o que limita bastante a perda do real.
Olhando para os EUA, no curto prazo, a possibilidade de um banco central norte-americano menos agressivo na política monetária parece ser consenso, mas vamos ver a ata do Fomc hoje.
No calendário de hoje no Brasil, teremos fluxo cambial estrangeiro e também IGP-10 de agosto, para termos ideia de a quantas anda a inflação por aqui, nos EUA, as vendas no varejo de julho e discurso de Bowman, membro do Fomc.
Bons negócios e realização de lucros, turma! Nada de ansiedade e desespero, principalmente com relação as eleições, afinal, as campanhas estão apenas começando! Que seja para o bem do Brasil!