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Cenário Controverso Contribui para Movimento Atípico no Preço do Dólar

Publicado 13.05.2015, 13:16

“O temido e criticado ajuste que o governo está promovendo na economia está apenas no começo. O pior ainda está por vir e o ajustamento deve e ser longo e doloroso. Custará a trabalhadores e empresas a redução da renda. Se não for feito por bem, o será por mal. Em outras palavras: se não for conduzido pelas autoridades de forma organizada, o será pelo mercado, por meio de violenta desvalorização do real e consequente surto inflacionário”. Este é o introito do artigo escrito pelo jornalista Cristiano Romero no jornal Valor Econômico de hoje, “O ajuste está no começo”, e corrobora o que temos advertido cotidianamente que, por vezes, é amplamente desconsiderado na formação do preço da moeda americana no nosso mercado, que busca repercutir comportamento externo até de forma exacerbada, sem ponderar que o contexto interno do Brasil é um fator preponderante e que não pode ser esquecido quando se projetam expectativas de curto e médio prazo.

O Ministro Levy vê a desaceleração da economia como temporária e diz que disciplina fiscal é essencial. Contudo, não há consistência na hipótese de que seja temporária, deve ser muito longo dado o estado de deterioração a que foi conduzida, e, é bastante provável, que embora com “mão de ferro” na condução da disciplina fiscal, a economia não tenha condições de prover o caixa do governo com o retorno esperado dado a sua absoluta incapacidade.

O próprio Ministro Levy tem externado que o risco de perda do grau de investimento esta presente, e, não se pode ignorar que o superávit primário de 1,2% “sem truques” vem cada vez mais se tornando um desafio maior.

O Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil realizado pelo instituto alemão Ifo em parceria com a FGV passou de 57 pontos para 49 pontos de janeiro a abril, queda de 14% e O PIOR PATAMAR DO INDICADOR, cuja série teve inicio em janeiro de 1989. A pesquisadora do IBRE/FGV não descartou a possibilidade de continuidade na trajetória descendente do indicador, calculado a partir da Sondagem Econômica da América Latina, com base em entrevistas de 1.092 especialistas em 115 países.

Notícias atribuem a mudança no cambio a substituição de produtos importados. Este é um dos objetivos do governo ao “soltar” o câmbio para que perdesse a artificialização contumaz com a qual conviveu na última década, tendo na contra ponta o aumento da competitividade que o preço ajustado do dólar proporciona e da produtividade que é dependente de investimentos. O recuo das importações não pode ser atribuída precocemente ao efeito dólar, pois a perda de atividade econômica também é um fator efetivo e relevante na contenção. Por outro lado, não se observa repercussão nas exportações, já que dependem de investimentos e a confiança do setor produtivo ainda continua baixa e não motivadora, havendo sinais de que o setor produtivo ainda manterá a retração por um longo período, passando a demitir empregados.

Por isso, não é possível neste momento se ter expectativas favoráveis, o contexto brasileiro certamente terá um período de retrocesso mais intenso, com risco de perda do grau de investimento, para no longo prazo começar a dar respostas se tudo que está sendo delineado teoricamente se tornar efetivo na prática.

Desta forma, a formação do preço da moeda americana não pode sensibilizar-se com os comportamentos externos, de vez que tem fatores preponderantes internos que devem sustenta-lo no preço considerado de equilíbrio atualmente, R$ 3,05/R$3,10, com manutenção ou elevação na medida em que for sendo implementado o ajuste.

A volatilidade do preço da moeda americana no nosso mercado tem sido assimétrica, pois sobe e cai mais do que movimentos externos, deixando transparecer que há influência dos investidores externos com capitais especulativos, que no atual cenário do Brasil precisam entrar e sair com seus recursos de forma oportunista e rápida, pois eventuais altas do preço da moeda americana podem negativar os ganhos operacionais e desta forma é preciso induzir movimentos de baixa ou alta que lhes garanta a manutenção dos ganhos.

Destacamos com ênfase que o fluxo cambial positivo de US 13,0 Bi alcançado no mês de abril, dos quais US$ 10,0 Bi de origem financeira, não deveria ser motivo de otimismo pois se tratava de recursos financeiros especulativos “ariscos”, com duração curtíssima no país, tendo em vista que a variação cambial expressiva coloca em risco a efetiva realização de ganhos, já que o contexto Brasil é bastante diferente, inclusive no câmbio, de cenários antecedentes.

O fluxo cambial de 4 a 8 de maio já se revela negativo em US$ 2,5 Bi, sendo positivo US$ 0,7 Bi no comercial e negativo US$ 3,2 Bi no financeiro, que envolve os capitais especulativos.

Os bancos têm no momento posições vendidas financiando a liquidez do mercado a vista de US$ 13,0 Bi.

Continuamos não vendo atratividade do país para capitais direcionados ao setor produtivo e os capitais especulativos não devem ser intensos pois o pais oferece risco de variação cambial que pode negativar os ganhos.

Assim, nos parecem bastante sem fundamentos as quedas no preço da moeda americana, fruto de ações pontuais de especuladores, mas que causa retração dos negócios efetivos com o mercado externo dada a volatilidade, que a rigor exigiria que o BC atuasse de forma mais pontual com a retração da oferta de swaps cambiais, já que este deve ser o seu papel ao oferecer “hedge”.

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