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Arroz em Casca Recua em Outubro

Publicado 18.11.2016, 11:06
RR
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Cepea Arroz Mensal

Em outubro, o Indicador do arroz em casca ESALQ/SENAR-RS acumulou recuo de 0,8%, fechando a R$ 49,25/sc de 50 kg no dia 31. A média mensal, de R$ 49,47/sc, foi 1,3% menor que a de setembro, mas 13% superior à de out/15 (valores atualizados pelo IGP-DI de set/16).

Os preços do arroz em casca seguiram enfraquecidos em outubro, refletindo a postura retraída de grande parte das indústrias no mercado spot do Rio Grande do Sul. A maioria das unidades continuou trabalhando com estoques já depositados em seus armazéns. Ao mesmo tempo, as frequentes chuvas ocorridas no estado dificultaram o carregamento dos volumes de arroz adquirido.

Algumas beneficiadoras estiveram ativas, mas comprando lotes de casca no Rio Grande do Sul apenas para repor estoques e dando preferência ao arroz depositado em seus armazéns. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, o ritmo de vendas de arroz beneficiado aos grandes centros consumidores esteve fraco, pressionado pela entrada de arroz importado dos parceiros do Mercosul.

Em termos de oferta, orizicultores com compromissos a serem pagos, seja da safra 2015/16 e/ou da 2016/17, venderam seus lotes de casca a valores ligeiramente menores que os de setembro. Por outro lado, produtores capitalizados permaneceram retraídos, acreditando em valorização nos próximos meses, período de entressafra.

Orizicultores se mostram otimistas quanto à safra 2016/17, mesmo com as fortes chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul, especialmente na penúltima semana de outubro, que dificultaram o avanço do semeio. Nas áreas mais atingidas pelos alagamentos, como na Depressão Central, produtores estão preocupados com a necessidade de replantio ou, ainda, de perdas das lavouras.

Segundo dados do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) divulgados no último dia 27, o semeio da safra atingiu 60,18% da área estimada, de 1,091 mil hectares, bem acima dos 38,2% do relatório de 30 de outubro de 2015. Na Campanha, onde a semeadura está mais avançada, 80,38% da área esperada para a região já foi semeada, ultrapassando a Fronteira Oeste, com 79,88%. Na Zona Sul, o plantio está em 74,8% da área, e na Planície Costeira Interna, em 48,48%. Já na retaguarda, estão as regiões da Depressão Central e Planície Costeira Externa, com semeio em 24% e 22,47%, respectivamente.

Os números da Emater indicam que o semeio da safra 2016/17 atingiu 64%, frente aos 34% no período da temporada anterior, quando produtores tiveram complicações para a implementação da cultura, devido às frequentes chuvas.

Cenário Internacional

Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice do Arroz FAO (que é composto por 16 preços de referência de exportação) registrou queda, de 1,59% de setembro para outubro, pressionado pela colheita da safra 2016/17 e pela fraca demanda. Em outubro/16, o arroz tipo Indica de alta qualidade recuou 3,45%; o Indica de baixa qualidade, 1,09%; o tipo Aromática, 1,28% e o Japônica, 1,81%.

Dos 14 valores divulgados pela FAO, 12 recuaram de setembro para outubro. Na Tailândia, o ritmo lento das vendas e a colheita da nova safra pesaram sobre os preços. O arroz Tai 100% branco caiu 6,02%, o arroz 100% parboilizado, 3,28% e o arroz 5% grão quebrados, 4,16%. O Tai A1 Super recuou 2,51% e o arroz aromático, 4,03%. No Vietnã, o arroz de 25% grãos quebrados se desvalorizou 0,63%. Já o arroz 25% de grãos quebrados subiu 0,91%, na mesma comparação. Nos Estados Unidos, o arroz grão longo caiu 4,51% e o arroz Califórnia (grão médio), 3,82%. O arroz Paq Basmati (comum) recuou 1,32% e o Uruguai (grão longo), 3,59%. Na Índia, o arroz 25% grãos quebrados teve ligeira alta de 0,61%.

Segundo relatório do USDA, a produção argentina na safra 2016/17 está estimada em 920 mil toneladas de arroz beneficiado, crescimento de 12,3% frente às 819 mil toneladas da temporada anterior. Na 2015/16, foram colhidos 207 mil hectares, com produtividade média de 6.000 kg/hectare, pressionada pelo excesso de chuva e dias nublados. Para a exportação argentina, é esperado recuo de 5,2% na safra 2016/17 frente à anterior.

Já em termos mundiais, a produção de arroz poderá atingir novo recorde na safra 2016/17, segundo números do USDA divulgados no dia 12 de outubro, totalizando 483,2 milhões de toneladas do cereal beneficiado, crescimento de 2,37% frente à temporada anterior. O impulso veio do aumento da produção na Tailândia, esperado em 17,7% frente a 2015/16, mas ainda menor que a da safra 2014/15. Estados Unidos, China e Índia também poderão ter maiores colheitas.

Mercado em Mato Grosso

Em outubro, o ritmo de comercialização de arroz em casca no estado de Mato Grosso se manteve lento. Orizicultores estiveram retraídos, com as atenções voltadas ao semeio de soja e milho – poucos já iniciaram o de arroz. Apenas produtores com necessidade de “fazer caixa” entraram ofertando lotes de casca, mas indústrias deram preferência ao arroz já depositado em seus armazéns. Na primeira quinzena de outubro, devido à ausência de oferta, foram captadas pelo Cepea compras de arroz em casca no Rio Grande do Sul para serem entregues a indústrias mato-grossenses. O preço médio oscilou entre R$ 73,00/sc e R$ 75,00/sc de 60kg, com rendimento de 55% a 57% grãos inteiros, a retirar na propriedade do produtor das regiões de Sinop e Sorriso. Já os lotes de arroz depositado nas indústrias foram adquiridos de R$ 69,00/sc a R$ 70,00/sc de 60 kg.

Preços do arroz em casca – Outros grãos inteiros

O preço do arroz com 59% a 62% em outubro recuou 1,03%, fechando a R$ 50,05 no dia 31. Regionalmente, entre 30 de setembro e 31 de outubro, a cotação média caiu 2,07% na Planície Costeira Externa para (R$ 51,09/sc); na Zona Sul, a baixa foi de 2,04% (R$ 50,25/sc). Na Campanha, o preço médio baixou 1,61% (R$ 48,65/sc) e na Planície Costeira Interna, 0,9% (R$ 51,53/sc). Já na Depressão Central, o arroz se valorizou 0,51% (R$ 49,53/sc).

Para os rendimentos de 63% a 65% de grãos inteiros, o preço médio do RS caiu expressivo 2,17% fechando a R$ 51,33/sc de 50kg no dia 31. Na Depressão Central, a cotação recuou 2,83%, passando para R$ 51,50/sc. Já na Planície Costeira Externa, houve alta de 0,48%, a R$ 53,69/sc. Nas demais regiões, poucos negócios ocorreram durante o mês, devido à baixa disponibilidade desses rendimentos, segundo colaboradores consultados pelo Cepea.

Para arroz de 50% a 57% de grãos inteiros, de 30 de setembro a 31 de outubro, e média mensal caiu 2,23%, fechando a R$ 48,34/sc dia 31. As regiões onde foi possível obter maior número de informações para esse tipo de rendimento foram a Fronteira Oeste, com recuo de 4,37% (R$ 46,75/sc); a Planície Cot. Interna, com queda de 1,87%, a R$ 49,36/sc; e a Zona Sul, onde o preço permaneceu estável no mês, em R$ 50,00/sc.

Diferenciais de Preços (Indicador e Praças)Cepea arroz

GráficoCepea arroz

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