👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Commodities nesta Semana: Irã Favorece Petróleo; Fed Direcionará o Ouro

Publicado 21.06.2021, 09:28
XAU/USD
-
GC
-
LCO
-
CL
-
TIMS3
-

Publicado originalmente em inglês em 21/06/2021

Com a redução do estímulo monetário em vista, todas as atenções estão voltadas ao que o Federal Reserve dirá daqui para frente, deixando o destino do ouro nas mãos de especuladores, sempre tentando se antecipar ao banco central americano.

Embora o presidente do Fed, Jerome Powell, tenha procurado acalmar os investidores na semana passada, ao dizer que qualquer redução em sua compra mensal de ativos de US$120 bilhões será telegrafada com bastante antecedência para evitar uma resposta desmedida do mercado, a última coisa que se pode esperar é calma.

Os investidores gostam de grandes movimentos e volatilidade, e uma das formas de conseguir isso é torcer cada palavra de Powell e seu grupo de banqueiros centrais na tentativa de descobrir a chamada verdade subjacente, ou narrativa.

Para fins de registro, o Fed deixou claro que não elevará os juros em breve. O prazo previsto para uma alta – na verdade, duas – é no fim de 2023, ou seja, ainda temos dois anos e meio, ou 30 meses, pela frente.

O Fed também disse que está analisando dados para determinar o momento adequado de começar a reduzir a escala das compras de US$80 bilhões em treasuries e US$40 bilhões em títulos hipotecários que o banco central tem feito desde o surgimento da Covid-19, de modo a proteger os mercados de crédito e a economia contra o pior impacto da pandemia.

“Nossa intenção é que o processo se dê de forma ordenada, metódica e transparente”, disso Powell na coletiva de imprensa após a reunião de política monetária da semana passada, enfatizando que não haverá qualquer pressa para elevar os juros ou reduzir o estímulo.

Mas é o trabalho dos traders e gestores financeiros desconfiar do banco central, já que Wall Street acredita que não estaria cumprindo seu dever fiduciário, ao aceitar sem contestação o testemunho de Powell e daqueles que têm um assento no poderoso Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Mensagem mista do Fed obscurece cenário

Intensificando essa dinâmica, os membros do Fomc transmitem mensagens dúbias sobre a política monetária do Fed, ora defendendo o aperto, ora exigindo mais afrouxo. Embora Powell tenha conseguido uma incrível coesão no Fomc, fazendo com que a maioria dos seus membros concordasse com ele que os Estados Unidos estão enfrentando uma “inflação transitória”, mesmo diante das maiores pressões de preço de todos os tempos, alguns membros mais rígidos são suficientes para formar uma parede de dúvidas em torno do painel.

A questão sobre uma eventual ação precoce do Fed diante de uma inflação maior do que a esperada já vinha ocupando os mercados financeiros antes da reunião de política de junho, na semana passada. Poderemos ter mais incertezas pela frente antes da reunião de julho e da tão importante conferência anual do Fed em Jackson Hole, Wyoming, no fim de agosto, onde as discussões sobre a alta de juros e a redução do estímulo estarão em primeiro plano.

Na semana passada, o ouro registrou sua pior semana desde o início da pandemia de Covid em 2020, com os preços caindo quase 6% por causa da revisão do cronograma de aperto do Fed, após mais de um ano de juros entre zero e 0,25%.

Ouro diário

Na sessão asiática desta segunda-feira, o contrato futuro do ouro mais negociado na Comex de Nova York estava a US$1.778,40, uma alta de US$9,40, ou 0,5%. Na semana passada, o ouro futuro se desvalorizou US$110, ou 5,9%, sua maior queda desde 6 de março de 2020. A desvalorização ocorreu após tocar a mínima de sete semanas a US$1768.

Para o ouro, a semana começa com discursos na segunda-feira do presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, e de Nova York, John Williams. As palavras de Bullard, em particular, serão acompanhadas com maior interesse pelos mercados, após suas observações, na sexta-feira, de que o Fed pode ter que considerar uma elevação de juros até o fim do próximo ano, a fim de não deixar a inflação escapar. Bullard se tornará membro votante do Fomc em 2022 e, por isso, seus comentários têm peso.

A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e de São Francisco, Mary Daly, falam na terça-feira. Outros membros do banco central também se pronunciarão nesta semana, como o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, e de Boston, Eric Rosengren.

Tim (SA:TIMS3) Ghriskey, estrategista-chefe de investimento da Inverness Counsel, em Nova York, disse o seguinte em um comentário à Reuters:

“Vários governadores do Fed irão se pronunciar, e teremos mais do mesmo: alguns serão mais rígidos, outros serão mais flexíveis, então ficaremos nessa oscilação".

Powell fará um depoimento ao congresso na terça-feira, via satélite, sobre os programas de empréstimo emergencial do Fed e suas atuais políticas perante o Subcomitê Seleto sobre a Crise do Coronavírus na Câmara.

Importantes dados econômicos pela frente

Os dados de sexta-feira sobre renda pessoal e gastos serão observados de perto, já que contêm o núcleo do índice de gastos com consumo pessoal, que é a medida favorita do Fed para a inflação.

Esse índice saltou 3,1% em abril, em comparação com o mesmo mês de 2020. O banco central americano reconhece as pressões de preço por causa de gargalos nas cadeias de fornecimento, que enfrentam dificuldades para lidar com a demanda. Mas Powell e as autoridades do Fed alinhados a ele insistem que essas pressões inflacionárias são “transitórias” e arrefecerão assim que a economia se recuperar plenamente da Covid-19.

Outros dados econômicos previstos para esta semana são vendas de casas novas e usadas, pedidos de bens duráveis, atividade da indústria e serviço e o relatório semanal de pedidos iniciais de seguro-desemprego, que será acompanhado de perto, em razão da recuperação desigual do mercado de trabalho.

Atraso no acordo nuclear com o Irã ajuda petróleo

No mercado de petróleo, os preços subiram novamente após uma pausa nas tratativas de retomada do acordo nuclear com o Irã, o que pode atrasar as exportações petrolíferas do produtor da Opep;

Petróleo diário

O barril de West Texas Intermediate, referência nos EUA, estava a US$71,61 no fim da tarde em Cingapura, uma alta de 32 centavos ou 0,5%. O WTI valorizou-se 1% na semana passada, após tocar a máxima de outubro de 2018 a US$72,99 na quarta-feira.

Já o barril de Brent estava a US$73,66, saltando 15 centavos, ou 0,2%. O Brent valorizou-se 1,1% na semana passada, após tocar a máxima de abril de 2019 a US$74,96 na quarta-feira.

Os preços do petróleo estão fortes ultimamente diante de projeções de um dos períodos de maior demanda no verão da história dos Estados Unidos, enquanto o país se reabre totalmente após lockdowns gerados pela Covid-19.

Apesar do otimismo com a demanda global de petróleo, o consumo de gasolina nos EUA tem sido questionável desde o feriado do Memorial Day em 31 de maio, que marcou o início do pico da temporada de viagens automotivas de verão no maior país consumidor de petróleo do mundo. Isso sugere que talvez seja necessário mais tempo para que a demanda de combustíveis acelere nos EUA.

Também há preocupações com a economia fora dos Estados Unidos e como isso pode afetar a demanda mundial de petróleo.

No Reino Unido, foram registrados mais 11.007 novas infecções por coronavírus na quinta-feira, em meio à disseminação da variante Delta do vírus, altamente transmissível. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças nos EUA disseram que a cepa pode se tornar dominante nos Estados Unidos, apesar do rápido avanço da vacinação no país.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para oferecer aos leitores uma variedade de análises sobre os mercados. A bem da neutralidade, ele apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.