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Como a crise de crédito atual pode afetar os juros e os investimentos?

Publicado 17.03.2023, 18:21

Definitivamente o ano de 2023 não tem sido dos mais fáceis. A crença de que o pós-pandemia seria cercado por boas notícias e avanços econômicos caiu por terra. Março está próximo do fim e o balanço atualmente é de crises envolvendo grandes bancos lá fora e de companhias privadas brasileiras, especialmente no varejo, com dificuldades para honrar suas dívidas. 

Nos Estados Unidos, o colapso do Silicon Valley Bank, 16º maior credor do país, gerou uma intervenção no Signature Bank de Nova York. Porém, mais do que isso, a falência da instituição foi a segunda maior da história norte-americana, atrás apenas da quebra do Washington Mutual, em 2008. 

A empresa reportou cerca de US$212 bilhões em ativos e US$175 bilhões em depósitos no quarto trimestre de 2022, sendo uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento do mercado de tecnologia desde os anos 1980, quando foi criada. 

Na Europa, o Credit Suisse (SIX:CSGN), uma das maiores e mais prestigiadas instituições financeiras do mundo, também tem enfrentado problemas. Durante a semana, o Banco afirmou ter encontrado “fraquezas” em seus relatórios financeiros e terá que recorrer a empréstimos expressivos com a ajuda da autoridade monetária suíça a fim de sanar o problema. 

A boa notícia é que as autoridades dos EUA e da Suíça agiram prontamente com o objetivo de não deixar a crise se alastrar pelo mundo e provocar uma corrida de retiradas bancárias. 

Contudo, Larry Fink, fundador da maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock (NYSE:BLK), afirmou durante a semana que existe a possibilidade de vermos uma crise lenta que pode arrastar uma infinidade de pequenos bancos para a falência, algo que ocorreu em meados dos anos 1980 nos EUA. 

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Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa, mas esses fatos recentes, sem dúvidas, colocam uma boa dose de incerteza nos mercados pelo mundo. No acumulado de 30 dias, por exemplo, o índice Euro Stoxx 50, composto pelas 50 maiores empresas da zona do Euro, acumula queda de quase 4%. 

Obviamente, a crise de crédito não é o único fator por trás desta performance, mas ajuda a explicar a volatilidade recente nas bolsas globais ao lado de políticas monetárias mais duras. 

No Brasil, como eu já trouxe em outros artigos, o caso Americanas foi o mais expressivo e ainda tem gerado ruídos com um final de história ainda distante. 

Depois da varejista, outras empresas também reportaram problemas, como é o caso da Marisa (BVMF:AMAR3), que tenta reorganizar suas dívidas, a Livraria Cultura, que, apesar da suspensão da falência pela Justiça, segue em situação extremamente delicada, e outras até mais expressivas. 

Lá fora, alguns analistas do mercado acreditam que o ritmo de aceleração dos juros pelo Fed deve diminuir por conta, especialmente, da crise envolvendo o SVB. 

Por aqui, alguns gestores enxergam um espaço para a redução da Selic até o final de 2023, mas, com os novos fatores postos sobre a mesa, somado à incerteza fiscal, o cenário se  tornou ainda mais complexo. 

Enquanto os ruídos permanecerem, tanto aqui quanto em outros países, é certo que teremos volatilidade no mercado e uma boa dose de cautela por parte dos investidores nunca é demais. 

Já falamos anteriormente sobre a diversificação e até sobre pulverização de carteira como ferramenta de mitigação de riscos. É possível organizar um portfólio equilibrado com o uso de estratégias para o Brasil e fora dele. Existem vários caminhos e certamente um deles servirá para você, caro leitor ou leitora. 

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O que não podemos deixar de fazer é se proteger. Sabemos que os problemas vão acontecer. Só não sabemos de onde eles virão. Pense nisso!

Últimos comentários

os juros maiores do mundo capitalista financiado pelo estado
Os bancos americanos estão sangrando em valor!!! Estou comprado na casa dos U$30,xx no FRC First republic bank e todo dia é queda de 2 dígitos!!! hoje já recuou mais de 30% 😔
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