Criar uma reserva de emergência nunca foi tão importante como nos dias de hoje. Quando o assunto é investimento, a criação desse fundo deve vir como prioridade. O dinheiro guardado, de uma forma geral, é utilizado para imprevistos que acontecem em nossas vidas, como acidentes de trânsito ou para suprir algum “buraco” no orçamento causado por quedas na sua fonte de renda. Porém, como construir uma reserva em época de juros baixos? A resposta não é muito simples!
Em primeiro lugar, o investidor deve sempre partir da premissa da liquidez. Por se tratar de uma reserva de emergência, o valor deve estar disponível no máximo no dia seguinte ao pedido do resgate. Eu sempre digo que precisamos fugir da poupança, já que ela está rendendo 70% da Selic e só “paga” no seu aniversário. Portanto, tem uma liquidez falsa, pois caso resgate antes do prazo, sairá sem nenhum rendimento. É preciso procurar outros tipos de ativos mais eficientes e no contexto atual não será tarefa das mais fáceis!
Diante do cenário causado pelo Coronavírus, bancos centrais de todo o mundo já anunciaram reduções nas taxas de juros. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu mais uma vez a taxa básica de juros - Selic - em 0,50 ponto percentual, de 4,25% para 3,75%.
Isso significa que os investimentos indicados para a formação da reserva terão uma rentabilidade média de 3,75%. Não tem como fugir disso. Como eu pontuei acima, este tipo de aplicação deve ter como prioridade a segurança e a liquidez.
Um segundo ponto muito importante diz respeito aos fundos de investimento de renda fixa. Alguns são classificados desta forma, mas podem possuir posições diferentes e, por isso, apresentam rentabilidades acima da média. Isto ocorre pois os gestores compõem suas carteiras com títulos pós-fixados, prefixados e híbridos. Estes dois últimos oscilam de acordo com os contratos de DI (taxa de juros) negociados no mercado.
O que eu quero dizer é que não vale a pena buscar investimentos que tenham este tipo de papel em sua composição. Em momentos de crise, a volatilidade aumenta. Ou seja, esses contratos DI’s sobem e descem e o valor do seu principal pode diminuir fazendo com que você perca dinheiro na renda fixa! E o Tesouro Direto também sofre com essas oscilações.
Mas calma! Se você investiu no Tesouro é só permanecer até o vencimento para garantir o seu rendimento. Mas, se o objetivo é formar a reserva, neste caso, o mais indicado é o investimento em títulos pós-fixados, que acabam não sendo impactados pela oscilação que vivemos atualmente no mercado.
Então a dica é: busque fundos de renda fixa referenciados DI, Tesouro Selic e CDB’s. Fazendo isso, você conseguirá proteger a sua reserva com liquidez.