Após tarifas de Trump ao Brasil, small cap na B3 subiu mesmo com mercado negativo
- O índice segue em alta pelo entusiasmo com IA e pelo adiamento das tarifas, mas até que ponto essa dinâmica se sustenta?
- O próximo movimento de Powell e os riscos comerciais de agosto devem definir se o rali ainda tem fôlego.
- Por ora, os compradores seguem no comando, embora até os otimistas saibam que essa calmaria não vai durar para sempre.
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O S&P 500 segue em firme tendência de alta, sustentado por um movimento de valorização iniciado em abril. A combinação de fatores positivos tem dado fôlego ao rali: desde o adiamento da nova rodada de tarifas comerciais anunciada por Trump até a aprovação, em Washington, de um amplo pacote fiscal, peça central de sua proposta de segundo mandato. A isso se somam a redução das tensões no Oriente Médio e o contínuo entusiasmo dos investidores por ativos ligados à inteligência artificial. A Nvidia (NASDAQ:NVDA) renovou máximas históricas e puxou consigo todo o setor de IA, evidenciando que o apetite por esse tema permanece elevado.
Apesar disso, o mercado caminha agora para uma zona em que novas altas exigem mais do que apenas otimismo generalizado. Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq 100 marcaram novos recordes recentemente, o que levou parte dos traders a considerar a realização parcial de lucros, ou ao menos uma pausa estratégica. O movimento é global: o DAX da Alemanha e o FTSE 100 do Reino Unido também romperam máximas históricas. Embora as bolsas globais continuem com viés positivo, fica cada vez mais difícil justificar novas entradas sem gatilhos adicionais.
Análise técnica: compradores seguem no controle
A tendência é de alta, e, por ora, não há dúvidas quanto a isso. A maioria dos analistas não cogita posições vendidas, a menos que surja um sinal claro de reversão. O Índice de Força Relativa (IFR) está acima de 70, o que tecnicamente indica sobrecompra, mas o momento segue favorável aos compradores, e os investidores que atuam em correções continuam sustentando os preços.
Do lado do suporte, o nível de 6.265 pontos merece atenção, foi ali que o rali da última quarta-feira ganhou tração. Abaixo disso, a faixa entre 6.152 e 6.166 pontos se tornou uma zona técnica crucial: trata-se das antigas máximas históricas de dezembro e fevereiro, agora reforçadas pela média móvel exponencial de 21 dias e por uma linha de tendência ascendente. Caso o índice rompa esse suporte, seria o primeiro sinal técnico relevante de fraqueza.
Se esse nível for perdido, o próximo ponto de atenção passa a ser 6.071 pontos, região do rompimento pós-trégua no conflito do Oriente Médio. Abaixo disso, 6.000 pontos assume o papel de suporte psicológico. Já no campo da resistência, o S&P 500 navega em território inexplorado: a máxima histórica está em 6.333 pontos, com os níveis redondos de 6.400 e 6.500 surgindo como alvos naturais no radar de curto prazo.
Todos os olhos no Fed: Powell vai ceder?
A expectativa de cortes de juros ainda sustenta o apetite por risco nos mercados acionários, mas o presidente do Fed, Jerome Powell, tem mantido uma postura conservadora. Apesar da pressão política por juros mais baixos, intensificada por Trump —, o banco central segue preocupado com o risco de que tarifas mais altas alimentem a inflação. Segundo Powell, o processo desinflacionário ainda não é suficientemente sólido para justificar uma mudança de direção prematura.
Mesmo assim, os mercados já precificam com maior convicção um corte em setembro. De acordo com o FedWatch da CME, a probabilidade de uma redução na reunião de setembro chegou a 78%, avanço expressivo em relação ao mês anterior. Para julho, a chance de corte é inferior a 7%, sobretudo após o forte relatório de emprego divulgado recentemente.
Os dados de inflação da próxima semana podem redefinir as apostas. Estão previstos os índices IPC, IPP, vendas no varejo e as pesquisas de sentimento da Universidade de Michigan. Até lá, o mercado deve acompanhar indicadores de menor impacto, como os pedidos semanais de seguro-desemprego, que ajudam a guiar os movimentos de curto prazo no câmbio e na renda variável.
Risco tarifário
As tensões comerciais ainda não foram resolvidas, apenas estão momentaneamente fora do radar. O prazo mais recente para as negociações expirou sem grandes incidentes, mas o dia 1º de agosto se configura como evento-chave de risco. Trump já deixou claro: não haverá mais adiamentos. Se não houver avanço nas conversas, novas tarifas devem ser implementadas.
Esse é o grande elemento imprevisível do momento. Caso o prazo chegue sem progresso concreto, é provável que a volatilidade aumente substancialmente. Até lá, o mercado permanece em uma espécie de equilíbrio instável, técnica e estruturalmente altista, mas com um olho fixo nos riscos à frente.
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