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Consequências da regulação frouxa para “pequenos” bancos nos EUA

Publicado 17.03.2023, 13:57

As pressões do mercado sobre os bancos dos EUA estão se espalhando para a Europa, onde o Credit Suisse (NYSE:CS), que já vinha enfrentando problemas, solicitou ajuda ao governo suíço para reforçar sua liquidez.

Os investidores estão se fazendo perguntas difíceis neste momento, o que significa que a hora da verdade está se aproximando. Uma análise macro abrangente e baseada em dados é crucial para responder adequadamente a essas questões.

Neste artigo, iremos:

  • Revisar a atual situação bancária, analisando como os diferentes níveis de rigidez dos marcos regulatórios e de contabilidade aos quais os bancos dos EUA e da Europa estão sujeitos;
  • expor a necessidade de monitorar métricas reais de avaliação da vulnerabilidade dos bancos a taxas de juros mais altas.

Vamos revistar onde estamos, começando pelos EUA.

A regulamentação bancária e contábil dos EUA apresenta algumas falhas preocupantes.

Sim, você leu certo.

1. Bancos com balanço menor que US$ 250 bi podem praticamente fazer o que quiser

Não há necessidade de aderir ao índice de liquidez de longo prazo (NSFR – Net Stable Funding ), uma regra que força os grandes bancos a terem uma boa parcela dos seus passivos em fundos estáveis de longo prazo, o que restringe seu risco de liquidez.

Não há necessidade de aderir ao índice de cobertura de liquidez (LCR – Liquidity Coverage Ratio): bancos “pequenos” podem comprar quantidades desproporcionais de títulos menos líquidos, como papéis corporativos ou títulos com garantia hipotecária, em vez de treasuries.

O problema é que um banco com um balanço de US$ 249 bilhões não é propriamente pequeno. Só para ter uma ideia do que isso significa, os três maiores bancos da Alemanha têm um balanço menor que US$ 200 bilhões.

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O tratamento regulatório mais frouxo para bancos “pequenos, mas não tão pequenos assim” é muito perigoso.

2. Até grandes bancos são desincentivados a se proteger contra riscos de juros em títulos HTM

HTM se refere a títulos de manutenção até o vencimento e, por isso, têm uma contabilidade mais amigável: basta registrar os títulos aí e esquecê-los, já que são avaliados ao custo amortizado. Uma gestão de risco prudente ainda sugere que é preciso se proteger contra o risco das taxas de juros.

No entanto, as regras de contabilidade dos EUA desincentivam essa ação para títulos mantidos até o vencimento. Mas a cereja do bolo é:

3. Não há teste de solvência para risco de juros

Isso é de outro mundo.

Como discutiremos, a Europa possui um marco regulatório bastante extenso para o teste de solvência envolvendo o risco de taxas de juros, aplicado aos balanços agregados dos bancos do continente (exposição líquida decorrente de empréstimos, hipotecas, investimentos em títulos, seguros, passivos de longo prazo e swaps).

Esse teste de solvência se chama IRRBB (Interest Rate Risk in Banking Books) e avalia o impacto de movimentos adversos nas taxas de juros sobre o capital e os resultados dos bancos. O equivalente disso nos EUA? Não existe!

Este é um alerta do FMI para que os órgãos reguladores norte-americanos tenham atenção com esse tópico:

Recomendações do FMI

Tudo isso mostra que os “pequenos” bancos dos EUA estão sujeitos a um quadro regulatório muito mais frouxo.

Porém, até mesmo grandes bancos do país são desincentivados a se proteger contra o risco de taxa de juros sobre títulos HTM, sem passar por qualquer teste de solvência em relação a movimentos adversos das taxas sobre seus balanços.

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A Europa possui normas regulamentadoras e contábeis muito mais rígidas e, mesmo assim, o pânico parece estar se espalhando por lá também.

Últimos comentários

Doutor, isso já venho falando há milhares de anos, mas sou em demasia criticado pelos ultraliberais, sim, esses que em sua ingenuidade acreditam piamente no Deus Mercado e a mão invisível. Os caras parecem emergir da terraplana, precisam ver pra crer. Basta lembrar que trump afrouxou as medidas rígidas pós-2008 para atender demandas neoliberais e os banqueiros das instituições recém-falidas o apoiaram.
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