O problema das contas públicas não é novo no Brasil. O tema tem sido o centro dos debates há pelo menos 30 anos, com períodos de hiperinflação, confisco, déficits e por aí vai. Em 2023, novamente, a discussão volta a ganhar contornos que chamam a atenção.
Isto porque segundo algumas projeções de agentes do mercado financeiro e do próprio Ministro da Fazenda mostram que o Governo precisará de cerca de R$150 bilhões adicionais para fechar o ano dentro da meta proposta no Arcabouço Fiscal.
Mas, será que isso realmente vai ser possível?
No início do ano, por exemplo, ao falar sobre a Nova Regra, Fernando Haddad comentou que seria possível atingir o objetivo sem a criação de novos impostos.
Segundo o chefe da Fazenda, taxação sobre e-commerces que driblam regras da receita, apostas eletrônicas e outras despesas com os Estados da União poderiam gerar cerca de R$85 a 90 bilhões de arrecadação.
Até o momento, pouco foi realizado nesta direção. Uma das poucas iniciativas tomadas pelo Governo até o momento para aumentar as receitas foi justamente a MP assinada pelo presidente Lula para taxar os fundos exclusivos.
Além disso, como sabemos, as privatizações não são um caminho para o atual governo. Alguns economistas dizem, inclusive, que o Executivo precisa dizer de onde virá o dinheiro.
Sabemos que a dívida do Brasil é elevada, de curto prazo e que o Arcabouço Fiscal, apesar de trazer alguma previsibilidade, não resolveu a questão de aumento no longo prazo, apenas diminuiu a sua intensidade.
Portanto, ao não conseguir fechar o primeiro ano com as contas no azul, a pressão sobre as contas aumentam e criam um ambiente com ainda mais incertezas.
Com a questão fiscal não resolvida, vale lembrar, o cenário para que o Banco Central possa reduzir a Selic é negativo e, para ajudar, o ambiente externo não tem sido convidativo para juros mais baixos.
É esperar para ver.
Do lado do investidor, nunca é demais lembrar da importância da diversificação da carteira.
Este processo é fundamental, principalmente, em momentos de incertezas econômicas e políticas.
Quando as contas públicas apresentam problemas, a volatilidade nos mercados costuma ser maior e isso pode gerar impactos bastante negativos nos investimentos.
Por isso, investir em diferentes classes de ativos, setores e geografias pode ajudar a proteger o seu patrimônio.
Pense nisso e até a próxima!
Bons negócios!