Seguindo mais o padrão de crescimento dos EUA do que do restante da Europa, a Alemanha hoje apresentou um crescimento trimestral do PIB de 0,5%, com 2,3% aa, mostrando que a maior economia da Zona do Euro e da Europa continua a ser o driver do continente, apesar dos problemas políticos e migratórios.
Localmente, as expectativas para o PIB para a próxima semana tendem a contar com o impacto negativo da greve dos caminhoneiros, ainda que tenha atingido 10 dias do final do trimestre.
Nossa projeção é de um crescimento de 0,3%, revisados de anteriores 0,81%, com crescimento de 1,4% contra o mesmo trimestre em 2017, o qual vinha de um ciclo de recuperação.
A leitura do terceiro trimestre fica um pouco mais confusa, dada a distorção causada pela paralisação e o pelo choque de oferta, evitando uma leitura apurada dos indicadores de atividade econômica, em especial varejo e indústria.
Daí é de se aguardar os indicadores de agosto, o atual mês, para então mensurar mais precisamente a reversão e o ritmo da atividade econômica no período e entender o impacto no resultado final do PIB.
Evitamos uma revisão excessivamente pessimista, como muitos analistas o fizeram, exatamente por entender que uma recuperação em V ocorreria e ocorreu.
Resta agora entender os impactos de tais movimentos na confiança dos investidores e consumidores, o que explica em partes a menor tração na recuperação da atividade a partir do segundo trimestre.
CENÁRIO POLÍTICO
Poucas novidades no terreno político, além do adiamento para o fim de agosto da decisão sobre o ex-presidente lula, o que em partes possibilita sua ‘participação’ no horário eleitoral gratuito, na tentativa de confundir sua candidatura com de Haddad (ou Andrade, no NE).
O foco agora retorna às pesquisas de opinião e o possível ‘embolamento’ do terceiro lugar nas pesquisas, além da posição dos atuais candidatos.
Neste cenário, Bolsonaro parece recuar na questão dos debates.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em alta, com o fim das conversações comerciais entre China e EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, ainda pela questão comercial.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, alta, com exceção ao ferro.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com a questão das sanções ao Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 3%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1146 / 1,73 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,477%
Dólar / Yen : ¥ 111,32 / 0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,351%
Dólar Fut. (1 m) : 4119,78 / 1,34 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,81 % aa (1,69%)
DI - Janeiro 20: 8,57 % aa (1,90%)
DI - Janeiro 21: 9,76 % aa (2,09%)
DI - Janeiro 25: 12,11 % aa (1,25%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,65% / 75.634 pontos
Dow Jones: -0,30% / 25.657 pontos
Nasdaq: -0,13% / 7.878 pontos
Nikkei: 0,85% / 22.602 pontos
Hang Seng: -0,43% / 27.672 pontos
ASX 200: 0,05% / 6.247 pontos
ABERTURA
DAX: 0,174% / 12387,13 pontos
CAC 40: 0,443% / 5443,34 pontos
FTSE: 0,174% / 7576,41 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76131,00 pontos
S&P Fut.: 0,245% / 2865,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,300% / 7446,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,56% / 83,56 ptos
Petróleo WTI: 1,18% / $68,63
Petróleo Brent:1,18% / $75,61
Ouro: 0,64% / $1.193,17
Minério de Ferro: -0,22% / $67,54
Soja: -1,95% / $15,87
Milho: 0,14% / $347,25
Café: 1,29% / $98,45
Açúcar: 1,78% / $10,30