Os investidores enfrentaram dificuldades para fazer o S&P 500 subir, o que indica que teremos mais volatilidade pela frente, principalmente diante do vencimento das opções de VIX na quarta-feira e do próprio S&P 500 na sexta. Em geral, o vencimento desses contratos mantém o mercado em consolidação. Atualmente, o suporte do S&P 500 está em 4100 pontos, e a resistência, em torno do nível de 4150. O foco dessa semana será a tentativa dos compradores de superar a marca de 4150 pontos no S&P 500, enquanto os vendedores lutam para fazer o índice ficar abaixo de 4100.
Isso tem se mostrado difícil, na medida em que o mercado consistentemente registra um aumento da atividade entre 13h30 e 14h diariamente. Desde a divulgação dos dados do mercado de trabalho na sexta-feira, durante essa janela temporal, vimos um aumento notável na demanda do mercado, gerando um rali à tarde.
Embora diversos fatores possam estar em jogo, não acredito que a resiliência do mercado seja um deles. Esses ralis ocorrem consistentemente e demonstram movimentos mecânicos, indicando uma mentalidade de compra a qualquer custo. Os fluxos relacionados a opções e atividade de hedging provavelmente influenciam esse comportamento.
Assim que ocorrer o vencimento das opções nesta semana e os níveis gama aumentarem, diversos fatores de Vanna e Charm provavelmente diminuirão. Minha expectativa é que vejamos o fim dos ralis da tarde. Esse efeito deve arrefecer antes, especialmente pelo próximo discurso de Jerome Powell na sexta-feira, durante um evento de política monetária do Fed.
A volatilidade implícita provavelmente aumentará antes desse evento. Com base nos últimos dados que recebemos, parece pouco provável que Powell adotará um tom mais ameno em sua mensagem. Não há qualquer razão para que Powell ou qualquer autoridade do Fed sugira uma pausa nos aumentos dos juros, sobretudo quando ainda há um mês inteiro de dados a serem analisados antes da próxima reunião do banco central americano.
Os dados de abril são uma das principais razões pelas quais Powell não pôde usar a palavra "pausa" na reunião de maio do Fomc, comitê de política monetária dos EUA, e sinto que os próximos dados continuarão respaldando a decisão de Powell de evitar usar a palavra "pausa" tão cedo.
S&P 500 (SPDR® S&P 500 (NYSE:SPY)
Atualmente, um padrão gráfico técnico em formato de diamante se formou no S&P 500, o qual foi concluído após a queda de sexta-feira e o subsequente rali da tarde. Esse padrão seria rompido se o S&P 500 cair abaixo de 4.100. Nesse cenário, haveria uma oportunidade para o S&P 500 potencialmente recuar para cerca de 3850, marcando a conclusão do padrão ao longo de várias semanas.
NASDAQ 100 (QQQ)
Além disso, o QQQ formou uma cunha ascendente desde fevereiro. É possível observar ainda uma divergência baixista no índice de força relativa. O rompimento do padrão de cunha ascendente pode acelerar o declínio, fazendo com que o QQQ recue para baixo do nível de US$ 320.
Dólar (DXY)
O Índice Dólar mostra sinais de rompimento de um padrão de reversão em diamante, e o índice de força relativa (IFR) aponta para a melhora do momento de compra. A direção do dólar é importante, na medida em que pode influenciar o movimento de ações e commodities.
Um dólar mais forte geralmente prejudica ações e commodities, levando a quedas.
Bitcoin (BTC)
O bitcoin está passando por uma fase deflacionária, pois rompe seu padrão de diamante e possivelmente forma um padrão de ombro-cabeça-ombro. Se o bitcoin ultrapassar o nível de 27.000, a expectativa é que haja uma queda significativa, possivelmente apagando os ganhos desde meados de março e fazendo o preço do bitcoin voltar a cair abaixo dos US$ 200.000.
SEMIS (SMH)
O ETF VanEck Semiconductor (NASDAQ:SMH) também apresenta um padrão similar de ombro-cabeça-ombro, também observado em vários outros mercados. Além disso, a divergência baixista está presente no índice de força relativa (IFR).
O Equal S&P 500 Equal Weight apresenta um padrão gráfico técnico similar de ombro-cabeça-ombro, bem como uma divergência baixista no índice de força relativa (IFR).
É difícil analisar esses gráficos técnicos, haja vista que o S&P já está há meses abaixo de 4.200, e a deterioração que temos visto no crescimento dos lucros e a possibilidade de uma nova queda nos próximos trimestres não gera otimismo em relação ao mercado. Além disso, sabemos que o mercado de opções estabeleceu uma resistência em 4.200 há algum tempo, e essa é a maneira de o mercado de opções dizer que também não está otimista em relação ao mercado acima de 4.200.
Com base nisso, eu concluiria que uma correção significativa está a caminho e provavelmente ocorrerá mais cedo do que muitos imaginam. O movimento de alta pode estar prestes a terminar, e esta semana pode marcar essa virada.