
Por favor, tente outra busca
O Credit Suisse (SIX:CSGN), maior banco da Suíça, está enfrentando a maior crise de sua história com uma série de escândalos, recorde de prejuízos e muitas incertezas.
Apesar de afirmar que sua situação financeira está confortável, o Credit parece ter perdido, definitivamente, a confiança dos investidores — tanto que já está sendo apelidado pelos condados gringos de “Debit Suisse”.
Mas o que está por trás de toda essa história?
Dentre os casos que mancharam a história recente do Credit Suisse, alguns se destacam, a começar pelo da Archegos Capital.
O banco suíço prestava serviços de corretagem para o family office do sul-coreano Bill Hwang, que quebrou ao registrar perdas de US$ 20 bilhões em poucos dias com operações alavancadas.
O problema gerou um rombo de US$ 5 bilhões para o Credit, levando à demissão de sete de seus executivos.
Outro caso foi o da Greensill Capital, empresa britânica de serviços financeiros que faliu no ano passado.
O Credit Suisse possuía cerca de US$ 10 bilhões investidos em produtos da companhia, o que trouxe grandes prejuízos para os seus clientes.
Para piorar, no início deste ano, mais um escândalo: o banco foi acusado de estar envolvido em crimes de lavagem de dinheiro relacionados a uma quadrilha de tráfico de drogas da Bulgária.
O Credit foi considerado culpado e condenado a pagar 15 milhões de euros ao governo suíço.
Esses e outros casos, como vazamento de dados de 30 mil clientes e ligações com oligarcas russos em meio à guerra no Leste Europeu, fizeram com que as expectativas do mercado em relação ao banco se tornassem cada vez menores.
Uma das provas de que o mercado não está muito confiante é o CDS do Credit Suisse, que ultrapassou os patamares vistos em períodos drásticos, como em 2008 na quebra do Lehman Brothers, em 2012 na fuga de capital dos Piigs (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) e em 2016 na crise na Zona do Euro.
Para quem não está familiarizado com o termo, o CDS é um instrumento derivativo que é utilizado como proteção contra a inadimplência em operações de crédito.
No entanto, atualmente, o CDS acaba sendo mais usado como um indicador para avaliar o risco de crédito de empresas — quanto maior o número, pior é o risco.
Para conter o pânico do mercado e tentar provar que está financeiramente saudável, o banco propôs recentemente a recompra de US$ 3 bilhões em títulos de dívida.
Outra prova da insegurança atual apresentada pelo Credit Suisse está estampada nas ações.
Desde o início dos escândalos, em fevereiro de 2021, o banco já perdeu mais de ⅔ do seu valor de mercado.
“Além dos riscos já apresentados, todos os casos recentes resultaram em fortes quedas dos números reportados em seus balanços. Em pouco mais de um ano, o Credit Suisse reverteu seus lucros bilionários em prejuízos recordes”, aponta Bueno.
Como você já deve estar cansado de ouvir por aqui, as ações acompanham os resultados das empresas (como podemos ver no gráfico abaixo).
Enquanto o Credit Suisse não trouxer mais segurança aos seus investidores e voltar a registrar lucro, dificilmente veremos uma recuperação consistente de seus papéis.
Apesar da situação financeira do banco ainda causar calafrios no mercado, é pouco provável que estejamos diante de um "Lehman Brothers 2.0”.
Em 2008, o extinto banco de investimentos americano estava altamente alavancado e possuía uma grande exposição a empréstimos sem garantias no setor imobiliário (chamados de “subprime”).
Na época, com a elevação de juros nos Estados Unidos, a insolvência (impossibilidade financeira de pagar os empréstimos) da população aumentou e, com isso, o Lehman Brothers acabou quebrando.
Já o Credit Suisse, por outro lado, apresenta uma alavancagem bem inferior atualmente e possui uma sólida carteira de ativos líquidos de alta qualidade — o que afasta os riscos de uma crise semelhante à vista há cerca de 14 anos.
Antes da independência do Banco Central brasileiro, a ingerência político-ideológica sobre a Selic se limitava ao viés dovish, de afrouxo monetário. Por conta disso, Alexandre...
Principais conclusões: Após um ano difícil em 2022, quando ações e títulos registraram retornos materialmente negativos no ano civil, alguns investidores estão questionando a...
Dependendo da fonte, as estimativas preliminares para a atividade econômica nos EUA no primeiro trimestre do ano variam de bastante positivas a medíocres e até pessimistas, com...
Tem certeza de que deseja bloquear %USER_NAME%?
Ao confirmar o bloqueio, você e %USER_NAME% não poderão ver o que cada um de vocês posta no Investing.com.
%USER_NAME% foi adicionado com êxito à sua Lista de bloqueios
Já que acabou de desbloquear esta pessoa, você deve aguardar 48 horas antes de bloqueá-la novamente.
Diga-nos o que achou deste comentário
Obrigado!
Seu comentário foi enviado aos moderadores para revisão
Adicionar comentário
Nós o incentivamos a usar os comentários para se engajar com os usuários, compartilhar a sua perspectiva e fazer perguntas a autores e entre si. No entanto, a fim de manter o alto nível do discurso que todos nós valorizamos e esperamos, por favor, mantenha os seguintes critérios em mente:
Os autores de spam ou abuso serão excluídos do site e proibidos de comentar no futuro, a critério do Investing.com