Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

Crescimento e Inflação Criam Dilema para Investidores de Títulos Soberanos

Publicado 28.06.2022, 10:23
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Os investidores dos títulos públicos dos EUA vivem um dilema. A economia do país mostra sinais de força, mas enfrenta desafios importantes, como a disparada da inflação e as elevações de juros do Federal Reserve, que visam frear o aumento dos preços e manter as expectativas inflacionárias ancoradas.

As taxas da nota referencial de 10 anos do Tesouro americano retomaram a alta na segunda-feira, superando a marca de 3,2% no fim do pregão, após recuarem para perto de 3,0% na semana passada. A curva de juros permaneceu plana, com o rendimento da nota de 2 anos ficando um pouco acima de 3,1%, na segunda-feira, e a de 30 anos superando 3,3%.

Dados econômicos positivos foram a tônica do pregão de ontem. Os pedidos de bens duráveis subiram 0,7% em maio, acima das expectativas. O mais importante foi que as vendas de casas pendentes também tiveram alta no mês passado, após seis meses de declínio.

O presidente do Fed, Jerome Powell, insistiu, em um depoimento ao congresso, na semana passada, que as autoridades do banco central estavam dispostas a elevar os juros até que a inflação seja contida, ainda que isso signifique jogar a economia numa recessão.

Uma dessas autoridades, o presidente da sucursal do Fed em St. Louis, James Bullard, expressou otimismo, na semana passada, com a força da economia do país, mesmo defendendo uma alta mais agressiva dos juros. Bullard é um dos quatro presidentes de bancos regionais do Fed a assumir uma posição com direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto, responsável por definir a política monetária nos EUA.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Os analistas técnicos refletem o dilema dos investidores. Em sua visão, a taxa de 3% para as notas de 10 anos servirão de suporte, ou seja, se o rendimento do título ficar abaixo disso, é possível que recue ainda mais. Caso a taxa de 10 anos continue seu movimento de ascensão e atinja 3,5%, terá espaço para subir muito mais, em sua avaliação.

Por enquanto, as taxas estão consolidadas entre esses dois patamares-chave, oscilando de um lado para o outro.

Enquanto isso, a “fragmentação” se tornou a palavra da vez para os títulos governamentais da zona do euro, à medida que as projeções de aperto monetário ampliam o diferencial entre os países periféricos mais endividados no Sul e os países fiscalmente conservadores do Norte.

As autoridades do Banco Central Europeu, a começar por sua presidente, Christine Lagarde, estão insistindo que atuarão de modo a evitar que o diferencial de taxas se amplie ainda mais. Isso não apenas torna a transmissão da política monetária mais difícil, como também ameaça a própria estabilidade da moeda única.

O diferencial entre as taxas dos títulos de 10 anos da Alemanha e da Itália se ampliou em 100 pontos-base, ou 1%, nos últimos 12 meses, com metade dessa alta ocorrendo somente a partir de março.

As lembranças da crise da dívida do euro ocorrida há uma década ainda estão bastante frescas, mesmo que as autoridades do BCE não se cansem de apontar que os países mais frágeis naquele momento agora estão mais fortes, e um banco central que enfrentou a pandemia de Covid-19 tem mais instrumentos e flexibilidade do que naquela época.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Mas algumas das políticas da pandemia, com destaque para o suporte a títulos governamentais gerado pelas compras do banco central, aplacaram os investidores com um sentimento de complacência. A retirada desse suporte incentivará um teste do compromisso do BCE em evitar uma fragmentação.

Lorenzo Bini Smaghi, respeitado ex-membro do conselho executivo do BCE, instou o banco central a ser mais flexível e eliminar os limites autoimpostos às suas compras de títulos por causa das avaliações emitidas por agências de classificação norte-americanas. Isso tende a ser pró-cíclico, afirmou Bini Smaghi em um artigo publicado no Financial Times.

Outras possíveis soluções, como o mecanismo de Transações Monetárias Diretas, criado durante a crise da dívida, exigem condições que desafiam politicamente os governos nacionais. De qualquer forma, os instrumentos do BCE devem ter uma capacidade ilimitada para resistir aos desafios do mercado, defende  o economista italiano.

 

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.