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Câmbio a Quanto em 2015? É Preciso Esperar pois a Política Cambial Mudou

Publicado 09.12.2014, 07:12

Em nossa opinião projeções para o ano de 2015, inclusive as propagadas pelo Boletim FOCUS, carecem de maior base fundamentalista neste momento, até porque nesse segundo mandato de governo da Presidenta Dilma, por absolutamente inevitável, grande parte da gestão tem necessidade de ser diferente, a partir dos integrantes da equipe econômica e seus objetivos discretamente indicados nos pronunciamentos e, também na prática, em especial na política cambial que já está em processo de mudança bastante perceptível.

Há e haverá um infindável número de variantes impactando na formação das projeções e que só poderão ser mais bem avaliadas quando colocadas como integrantes de um programa envolvendo política econômica no todo, com detalhamentos das diretrizes para política monetária e fiscal, e, naturalmente do câmbio, já com evidências de mudança para a qual não se espera esclarecimentos prévios.

Para se ter dados para comparar, destacamos as projeções medianas do Boletim FOCUS na sua última edição de 2013 para 2014 e as atuais, destacando ainda que se tratava tão somente de mais um ano do governo da Presidenta Dilma, com a mesma equipe econômica cuja forma de atuar era sobejamente conhecida pelo mercado financeiro.

Tabela

Erros relevantes na projeção do IPCA, IPC-FIPE, US$, PRODUÇÃO INDUSTRIAL e AUMENTO DOS PREÇOS ADMINISTRADOS são destaques consideráveis.


A partir de 2015 tudo leva a crer que os novos gestores da política econômica tendem a adotar estratégias bem diferentes para tentar reverter a relevante deterioração da política fiscal que abalou fortemente a credibilidade do país, colocando em risco presente a perda do grau de investimento concedido pelas agências de rating.

Evidentemente, o baixo crescimento, inflação aquecida, etc. também contribuíram para a desconstrução do país.

Tudo indica que o governo doravante irá utilizar as políticas monetária e fiscal para a contração das pressões inflacionárias, sendo o juro mais utilizado na fase em que as resultantes da política fiscal rígida ainda não se fizerem presente, mas gradualmente haverá uma sintonia fina entre ambos com o esperado sucesso da política fiscal impactando na inflação e sendo, portanto, menos intensa a dependência do juro, que poderá até vir a ser reduzido.

O dólar que desde 2005 vem tendo seu preço depreciado através de inúmeras estratégias do BC para auxiliar na contenção da inflação como coadjuvante do juro, ao que tudo indica deixará este papel que acabou por provocar a desindustrialização do país e a invasão de percentual relevante de insumos e produtos de consumo acabado na atividade econômica brasileira, para, com seu preço ajustado à realidade, passando a ser o instrumento mais rápido para impulsionar a indústria nacional e também, prestar-se como fator equalizador da remuneração dos produtores de commodities num ambiente prospectivo que indica queda de preços no mercado internacional.

Não há, portanto, em nossa opinião fundamentos críveis que deem suporte as projeções que vem sendo apresentadas, até porque de forma concreta não se conhece as diretrizes mais importantes para o novo mandato da Presidenta Dilma e qual o grau de liberdade que será permitida à nova equipe econômica.

Afora o relevante desafio interno de obter a reversão de quase todos os indicadores da economia, haverá sem dúvida um numero considerável de variáveis externas impactando no nosso setor externo, que poderá ser potencializado em dificuldades para o Brasil.

Portanto, projeção para o dólar no ano de 2015 neste momento não sugere credibilidade, sendo o preço de R$ 2,70 ou de R$ 3,00 factíveis, dependendo naturalmente de como o país enfrentar seus obstáculos e o grau de sucesso.

“Lactu sensu” a mesma observação vale para as projeções para 2015 d a inflação, SELIC, e todos os demais listados no BOLETIM FOCUS.

Tudo leva a crer que o preço da moeda americana fechará este ano em R$ 2,60, embora possa ao longo deste mês pontualmente superar este piso alto ao qual tende a retornar no final do mês.

O BC realizou ontem o 2º leilão de linha de financiamento de US$ 1,0 Bi, agindo previdentemente para viabilizar a geração de liquidez por parte dos bancos no mercado à vista aumentando suas posições vendidas, já que a demanda tende a se acentuar neste mês.

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