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Câmbio: A Busca da Taxa de Equilíbrio

Publicado 13.04.2015, 07:32

O Brasil oscilante em suas projeções prospectivas tem reproduzido nas taxas de câmbio a evidência gráfica que revela o termômetro de incertezas, aflições, inseguranças, atropelos e negativismo maior ou menor predominante no país e em torno das medidas corretivas com que a nova equipe econômica, deste segundo mandato da Presidenta Dilma, busca resgatar os erros acumulativos de gestão ocorridos pelo menos nos últimos 8 anos, e que conduziram a economia brasileira a uma situação anêmica e envolvida numa verdadeira “teia de aranha” de medidas adotadas erraticamente pelo governo sem resultados, mas contudo onerosas aos cofres públicos.

Desde a “libertação da taxa cambial”, proferida pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy, passando por ajuste nos impasses mais agudos na área política e na base de apoio do governo, correção abrupta dos preços relativos da economia, ajuste fino sem modificação tão expressiva na dinâmica do programa de “swaps cambiais”, que foi alterado no seu “modus operandi” e não rigorosamente na sua essência que visa ancorar credibilidade ausente na moeda nacional por parte das empresas expostas a risco cambial, até manifestações como crédito de confiança das agências de rating Standard&Poor´s e mais recentemente da Fitch, que colocou perspectivas negativas mas salvou a coroa da rainha ao manter o grau de investimento do país, houve expressiva volatilidade na formação do preço da moeda americana no nosso mercado de câmbio, em grande parte decorrente de fatores internos e outra parte menor por razões externas.

O grande passo foi a decisão de acabar com a artificialização da taxa cambial largamente praticada ao longo dos últimos 12 anos, que fez sucumbir a atividade industrial exportadora e permitiu a invasão do mercado interno pelos importados concorrentes, para auxiliar a política monetária a conter as fortes pressões inflacionárias dos gastos desmedidos do governo, desastre que foi acobertado pela ocorrência do “boom” das commodities que tiveram forte alta com impacto favorável na relação de troca.

Com o país com sua economia em estado de inanição, o câmbio se tornou o melhor atalho para busca da reabilitação do animo da indústria nacional, abrindo-lhe a possibilidade de retomada do mercado interno e aumentando a competitividade no mercado externo. Contudo, a reação causa-efeito tem sido lenta, pois o grau de confiança do empresariado estava muito baixo e somente agora começa a dar sinais iniciais de melhora.

A elevação do preço da moeda americana também beneficia os produtores de commodities agrícolas e metálicas que sofrem queda de preço no exterior e recuperam parte ou tudo na conversão para moeda nacional.

O dólar com preço mais ajustado retira fator de grande inibição ao ingresso de capitais especulativos focando rentabilidade com a SELIC em tendência de alta.

Mas com volatilidade na formação do preço da moeda americana no país o esforço colhe baixo resultado efetivo, pois este é um fator que inibe a realização de negócios e com a incerteza não motiva o empresariado ao investimento e afeta a atratividade pelo país do capital estrangeiro especulativo.

Portanto, é imperativo que o mercado de câmbio busque e encontre o preço de equilíbrio para a moeda americana.

Efetivamente, não existe aquela taxa cambial que satisfaça a todos os setores da economia, mas deve haver uma base em torno da qual ocorre a flutuação e existam fundamentos críveis que sustentem o preço.

Tivemos por aqui formação de preço buscando precificar as perspectivas ruins e negativas ao longo do ano, então foram cometidos equívocos porque a taxa precisa ser “spot” (a vista) e não futura no mercado a vista, que acabava contaminada por movimentos especulativos presentes no mercado futuro de dólar que alavancavam o negativismo. Oscilações bruscas não faltaram.

Outros passos importantes internos foram a mudança no tipo de gestão dos swaps cambiais, mantendo o suprimento condicionado à demanda e não com oferta fixa, assim o BC assumiu melhor comando efetivo e outro foi o “choque de realidade” ao ser assumido pelo governo que a economia não crescerá este ano, que é preciso grande esforço para atingir o superávit primário, que a inflação será alta, em especial no primeiro semestre, retirando assim do radar fomentador da especulação temas relevantes.

A melhor acomodação política trouxe uma melhora sensível ao ambiente de incertezas e atenua pontos especulativos.

As manifestações das agências de rating S&P e Fitch contribuíram bastante para a retirada de foco da possibilidade de perda do grau de investimento do país.

Do pico de alta exagerado à baixa exagerada ocorreu muita volatilidade.

O que se busca agora é o preço de equilíbrio do preço do dólar dentro de uma realidade ainda ruim, porém mais tênue onde poderá ocorrer a inflexão que conduzirá a atividade econômica a emitir sinais recuperatórios.

A economia ainda tende a desempregar, reduzir renda em consequência e também por discreto achatamento nos salários, a inflação vai corroer renda principalmente das classes mais baixas, etc... mas tudo está no radar e não será novidade.

A equipe econômica atual evita o contraditório contumaz da equipe anterior que tinha projeções otimistas simplesmente ufanistas sem fundamentos. Assim atua sobre a formação das expectativas de maneira mais eficaz.

Assumir a realidade e expor o que está sendo objetivado para recuperar é um caminho inteligente para esvaziar pontos especulativos.

No setor externo teremos ainda a balança comercial fraca visto que a recuperação do espaço perdido é lenta e gradual, queda nos ingressos de IED´s porque a economia ainda não está tão atraente e pelas mesmas razões queda nas captações externas, déficit em transações correntes elevado e o sempre presente tema sobre os efetivos impactos nos emergentes da eventual mudança da política monetária americana, com elevação do juro pelos Estados Unidos.

Entendemos que estamos no momento do refinamento da taxa de equilíbrio e flutuação do preço da moeda americana no nosso mercado, naturalmente sem perder fatores imprevistos que possam ocorrer aqui ou no exterior.

Relembramos então o que costumamos denominar “random walk”, ou seja, a taxa de amanhã será a do encerramento de hoje com os impactos das novas expectativas/fatos/noticias que surgirem amanhã.

O preço atual já se configura bom com o que consideramos para a estabilidade, mais próxima de R$ 3,10 e menos de R$ 3,00.

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