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Câmbio: A Mixagem entre a Exacerbação e a Especulação Oportuna

Publicado 07.03.2016, 14:01

É absolutamente normal que a tensão em torno da questão política crie estresse decorrente dos últimos e recentíssimos fatos, porém, ainda que os desdobramentos imagináveis possam se alinhar com os anseios do mercado financeiro e seus agentes, estão muito distantes da solução para a crise econômica, que muitos insistem em ver menor, que o país convive e que tem, irreversivelmente, tendência de agravamento, visto que não é passível de reversão simplesmente por anseios ou eventual troca de nomes no comando.

A complexidade do quadro político e também econômico não sugere que a eventual solução de uma provoque a solução da outra, e nada é tão fácil e rápido como o país necessita e deseja.

Uma atitude mais contundente na área política causou repercussões, mas está longe de sancionar qualquer mudança de curto prazo e ainda que possa criar perspectivas de médio prazo nada garante de efeito recuperatório na degradada situação econômica do país.

A reação tipo “torcida futebolística” conjugando um mix de exacerbação e especulação é totalmente inadequada para este momento, que sugere sensatez e observação do desenrolar dos fatos.

Papéis como Petro e Vale operados com valorizações fortemente especulativas e desprovidas de fundamentos, e valorização do real ante a moeda americana são comportamentos extremamente enganosos.

São movimentos absolutamente emocionais, mas devemos considerar a hipótese da ocorrência da especulação.

O movimento da Bovespa em torno de papéis fortemente depreciados visa reconstituir preço e não se baseia em melhora de fundamentos criveis em torno das empresas, assim pode estar sendo “armado” para um “sell-off” por parte daqueles que estavam no prejuízo e agora poderão ter lucro.

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O comportamento do dólar não sugere que o contexto global em torno do Brasil se altere de imediato, até porque a situação da economia é de difícil e lenta recuperação, e o país não se tornará atrativo para investimentos estrangeiros em conta de capital ou em renda fixa e/ou variável de pronto.

Contudo, num momento em que grandes tomadores de empréstimos externos – que estão vincendos – tendem a não promover suas rolagens e sim liquidá-los interessa aos mesmos, em sua maioria bancos, um preço baixo da moeda americana para otimizarem o lucro saindo com dólar num preço extremamente atraente e incompatível com o cenário do país.

Da mesma forma, no processo de “desova” da Bovespa, investidores estrangeiros poderão obter maior volume de dólares em suas remessas retornando os capitais ao exterior.

É preciso estar atento às inúmeras vertentes deste cenário complexo, pois pode promover grandes perdas e grandes ganhos.

O país não deixará de no curto/médio prazos, quem sabe somente mesmo em 2018, a ter dificuldades fiscais com a economia em forte recessão, que mesmo que viesse a ser atenuada não o seria de “bate pronto”, o mesmo acontecendo com a inflação inercial que assola a economia, a retração da atividade industrial, o desemprego, a carência de investimentos, enfim com um PIB cadente que poderá ser reanimado, mas não “num passe de mágica”.

O fluxo cambial de fevereiro até o dia 26 aponta sinais de capitais financeiros deixando o país, e não é razoável que o quadro tempestuoso atuais afete favoravelmente esta tendência. O mês de janeiro já deixou números indicando saídas de aplicações em renda fixa e renda variável, o que não é um bom sinal.

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É preciso observar o movimento mutante de retração da demanda de hedge com swaps profissionais cambiais e intensificação da demanda no mercado à vista, que no primeiro momento deverá ser suprida pelo BC com indução dos bancos a aumentarem suas posições vendidas lastreadas em linhas de financiamentos por ele concedidas.

O fato de não ter colocado a totalidade dos contratos de swaps na ultima sexta feira pode ser entendido como uma questão pontual face ao momento, mas é relevante que se observe o comportamento da demanda do mercado de câmbio por estes contratos.

Parece nos inequívoco que tenhamos dois fatores presentes, quais sejam exacerbação e especulação, e é exatamente com este ambiente que as empresas precisam ter sensatez e comedimento.

O momento é para, e ainda assim, muitos podem realizar prejuízos.

Por ora não vemos projeções mais suavizadas em torno do crescimento do PIB, atividade industrial, desemprego, inflação acima de 9% e dólar no entorno de R$ 5,00, já que nada mudou, afora o grau de incertezas no cenário econômico, mas tão somente foram agregadas mais incertezas no contexto político.

Os preços dos ativos retomarão gradativamente suas realidades.

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