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Câmbio: Desfazendo Intencionalmente o Compromisso do Ministro Levy

Publicado 23.11.2015, 09:49

A taxa cambial recuou e menos pressionada caiu a R$ 3,70/3,75 por dólar.

Compatível? Absolutamente não!

O fato de o Congresso ter afrouxado nas pressões sobre o Poder Executivo e ter permitido a manutenção dos vetos presidenciais e sancionado a meta do déficit fiscal em mais de R$ 110,0 bilhões, só fez diminuir a possibilidade de o estrago ser maior em 2015, mas nada há que assegure que 2016 será diferente em relação a 2015.

E por quê?

Embora haja inúmeras conjecturas ancoradas em esperanças e anseios, não há como considerá-las factíveis quando as mesmas se antepõe a drástica realidade da situação da economia do país, que agora começa a acentuar a expansão dos números que revelam que o processo de degradação da economia esta só começando e não há condições de realizar um plano de desenvolvimento, anseio de uma grande maioria que ignora o quadro atual, nestas condições.

O governo está sem recursos e o setor privado sem confiança e esta equação impede que se imagine planejamento de desenvolvimento do país no curto prazo. As atenções devem ter o centro de suas preocupações em “sanar a hemorragia” fortíssima, que fará com que o país continue somente “sangrando”, para depois, quem sabe em 2018, poder ousar em construir estratégias de desenvolvimento, isto se tudo for realizado com extrema disciplina para um grande ajuste, o que no Brasil se configura em dramático desafio.

O “estrago” a que foi submetida a economia do país não é resgatável no curto prazo. E a proposta inicial do ministro Levy de permitir uma taxa cambial realista só trouxe inflação e nenhuma reação do setor produtivo, ao qual falta confiança e que não concede credibilidade ao governo. Não se interessou pelo eventual aumento de competitividade de seus produtos no exterior e nem com a melhora no cenário interno com o encarecimento do produto importado.

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O agravamento de indicadores relevantes começa a ser propagado agora pelos agentes compiladores e devem se expandir ainda ao longo de 2016.

O Brasil está quebrando recordes de indicadores econômicos negativos, e acreditamos que há espaço para que se tornem mais relevantes.

O desemprego atingiu ainda modestos 7,9%, face ao “status quo” da economia; o desemprego industrial está em destaque e o comércio deve acentuar no pós festas de final de ano. Mas no geral o desemprego deverá se expandir por todos os setores da economia, acentuando-se também no segmento de serviços.

A atividade industrial deve continuar cadente em 2016, e na mesma linha devemos ter outra vez o recrudescimento do PIB, então renda e consumo devem continuar também nesta linha, etc., etc....

Queda de renda acentuada afetará o consumo, a inadimplência crescerá e já se revela preocupante em vários setores até mesmo no crescimento de cheques devolvidos.

A capacidade de estimular o consumo com crédito inexiste, pois a propensão ao consumo é fortemente cadente, com o endividamento crescente e o desemprego se acentuando.

A inflação continua implacável e forte e demonstra resistência aos mecanismos que o governo dispõe e pratica. Insensível ao aumento de juro, agora o governo promove o desmonte da estratégia inicial do ministro Levy e promove queda do preço do dólar que vem sendo administrada pelo BC, com as estratégias que dispõe, mas que poderão se revelar insuficientes face à vulnerabilidade do país.

Que fundamento há para a queda da taxa cambial que não o fato de estar sendo, dentro do possível, construída pelo BC, buscando a velha pratica de artificializa-la desconstruindo assim a ambição do Ministro Levy de que poderia alavancar a atividade econômica com este estimulo.

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Se observarmos as perspectivas só há riscos no curto prazo, como eventual elevação do juro americano este ano, que já ressaltamos não acreditar, a ocorrência de downgrade do país pelas agencias de ratings que seria fato de elevadíssimo impacto no preço da moeda americana no nosso mercado, afora as pressões advindas do crescimento expressivo da demanda de divisas para saída do país.

A fragilidade da economia do país o deixa sem atratividade, portanto incapaz de construir superávits no fluxo cambial que lhe permita aumentar as reservas cambiais e pelo contrário é expressivo o risco de que os déficits possam ser acentuados com movimentos de saída.

A perspectiva para a taxa cambial é bastante negativa e por isto entendemos que tentar artificializá-la agora, revertendo o discurso do Ministro Levy, deixa espaço para ocorrência de volatilidade, quando o contexto de influência direta na formação do preço for a realidade do todo do país e não as esperanças e anseios que são almejados numa base inconsistente.

O pequeno saldo no fluxo cambial do ano tem reais possibilidades de ser eliminado, pois o achatamento artificial da taxa cambial poderá trazer ao mercado de câmbio à vista importadores com seus estoques “a pagar” que tem potencial para forte impacto reversivo.

No nosso entender é temerário planejar com base nesta taxa cambial atual. A estratégia poderá ser desarmada por fatos concretos e impactantes, e a realidade voltar a prevalecer frente a esperanças e anseios desprovidos de fundamentos críveis e a capacidade do BC de mascarar a artificialização do preço da moeda americana.

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Então, a possibilidade de volatilidade é absoluta e neste ambiente não há condições de se realizar negócios com dólar com segurança.

O Brasil é atualmente uma equação de difícil solução, e, não se deve esperar soluções fáceis e indolores. Certamente ainda piorará muito antes que comece a sinalizar melhoras, por isso é difícil planejar desenvolvimento, porque antes, precisará conter os fatores redutores da atividade econômica presentes.

Não há como acreditar em calmaria, etc.... planejar com o dólar está extremamente temerário face a irrealidade do seu preço no mercado brasileiro, que está desfazendo o discurso do Ministro Levy para assumir a prática do irrealismo, o que, olhando as perspectivas, pode ter baixa sustentabilidade.

Há riscos concretos à frente e esperanças e anseios fragilizados.

Movimentos bruscos e volatilidade devem prevalecer, as ocorrências que vem sendo citadas fazem somente um pano de fundo para não dar transparência ao desmanche da estratégia Levy no dólar, mas há riscos relevantes em perspectiva no curto prazo e assim a ambição do governo/BC pode encontrar entraves ao seu sucesso.

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