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Câmbio: O Mercado Vai Passar por Transição nas Intervenções do BC

Publicado 09.03.2016, 13:42

O momento tumultuado pelo qual passa o mercado financeiro, em decorrência do forte estresse que assola as questões políticas do país, tem servido de “pano de fundo” para acobertar movimentos extremamente exacerbados com expressivo exagero e provocar a não percepção da especulação.

Mas, também consideramos que neste ambiente ocorre uma tendência à mudança de atuação/intervenção do Banco Central do Brasil no mercado de câmbio, que neste primeiro momento provoca forte apreciação do real, que, contudo, será insustentável na sequência, até pela clara ausência de fundamentos.

O que se observa no comportamento da Bovespa pouco tem a ver com fundamentos, mas sim com movimento especulativo de curto prazo, para o qual contribui a presença rápida de capitais estrangeiros especulativos que, até precipitadamente, foram entendidos como atraídos por nossas ações, para depois, de forma mais sensata, se entender que se trata de recursos que vieram buscar rentabilidade rápida no país e sem permanência duradoura, ou seja, são recursos que deverão deixar o país no curtíssimo prazo.

Assim, temos Bovespa com volatilidade inicial e preços deprimidos e, posterior alta, volatilidade, decorrente das expectativas com a chegada do capital estrangeiro, e dólar em baixa, movido por um otimismo descabido em relação à cena política, mas também pela atuação do Banco Central do Brasil.

O cenário político vem sendo bruscamente sobreposto ao cenário econômico, mas ambos têm relevante peso e, a despeito dos ruídos, não têm soluções tão imediatas a ponto de justificar o comportamento de “torcida futebolística” no mercado financeiro.

A questão política trava a atividade do governo, mas eventual mudança, como parece ser a expectativa que fomenta o otimismo, não sugere superação rápida como denotam as repercussões. Nem mesmo eventual mudança garante qualquer coisa até que se conheçam os personagens, propósitos, etc... Não é algo para grandes vibrações e sim para minuciosa observação do desenrolar. Tudo o mais que acontece é especulação, onde espertos ganhos e incautos perdem.

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A superação da questão política não sugere mudança de postura imediata dos investidores internos e externos em relação ao país, nem a reversão da forte tendência de inflação inercial presente, assim como o fortalecimento do desemprego, queda de renda e consumo, etc...

Neste ambiente especulado se imagina até a recuperação imediata da estabilidade do PIB, como se a questão fosse somente política, relegando-se a plano extremamente secundário a crise econômica do país e a forte recessão presente.

Portanto, não há a mais importante problemática, ambas – política e econômica – são entraves efetivos para o país e, por não promoverem soluções mágicas de curto/médio prazos não justificam vibrações intensas como se tem presenciado.

Mas há um fato marcante neste contexto geral que precisa ser observado e tem impactos que afetam a formação do preço da moeda americana no nosso mercado de câmbio.

O Brasil certamente captará menos recursos externos, seja pela disponibilização, preço e prazo, seja por existência de demanda interna. Então, haverá volume menor de ingressos de recursos estrangeiros, e, é possível, que as demandas internas venham a ser supridas pelo restabelecimento do lançamento de debentures no mercado local, mas mesmo assim não se tem expectativa de grandes volumes.

A tendência à não rolagem de empréstimos estrangeiros vincendos e remessas de dividendos, ainda que reduzidos, tende a prevalecer.

E, as importações tendem a queda, enquanto as perspectivas das exportações não sugerem o otimismo que tem sido colocado nas projeções de saldos para este ano, agravado ainda pela queda nos preços das commodities.

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A realidade é que devem se acentuar as saídas de recursos alocados no nosso mercado financeiro, mas também um recuo aos ingressos de tomada de recursos externos como empréstimos, tendo, isto sim, um claro movimento de saídas dos empréstimos vincendos.

Este contexto justifica o interesse numa taxa cambial extremamente distorcida apontando uma valorização absolutamente descabida do real frente ao dólar. Retornos de empréstimos terão custo cambial menor e retornos de investimentos em renda fixa e variável levarão mais dólares do país.

No fundo, devemos entender também que a taxa cambial deprimida interessa ao governo para transparecer o oposto do esperado neste momento conturbado. Na margem, condicionada à sua duração, poderá trazer alguns benefícios ao controle da inflação.

Mas o fato que queremos destacar é que com a tendência de massiva saída liquida de recursos financeiros, a demanda por hedge com swaps cambiais tende a se tornar cadente, ao mesmo tempo em que será exigida maior liquidez no mercado à vista.

Mas esta precisa ser uma ação do Banco Central do Brasil contrabalanceada no sentido de equalizar a oferta de hedge com a de liquidez no mercado à vista, já que não é o único fornecedor de lastro das posições vendidas dos bancos.

E, também, observado o comportamento dos bancos, pois resistência de ampliação de posições vendidas pelos bancos pode vir a ocorrer, e seria conveniente oferecer as linhas de financiamentos com contratos a termo, mas nada elimina, no contexto atual, que na ponta se considere a possibilidade do Banco Central do Brasil ter que suprir diretamente a liquidez do mercado à vista, o que não seria interessante.

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Estas seriam formas de suprir a transição da interferência do BC com a redução das ofertas de hedge e implementando maior liquidez no mercado à vista.

Contudo, o fluxo cambial negativo na medida em que se eleve deverá ser o fator propulsor da taxa cambial e as perspectivas não são boas neste sentido.

Fevereiro fechou com fluxo negativo líquido de US$ 9,294 bilhões, com saídas financeiras liquidas de US$ 11,231 bilhões, acentuando a esperada tendência. Merece destaque o fato dos importadores terem liquidado do saldo remanescente de seus passivos líquidos quase US$ 5,0 bilhões, ficando agora equilibrado o saldo a receber de exportações com o a pagar de importações.

O total de posições vendidas dos bancos fechou fevereiro com US$ 27,9 bilhões, que utilizaram para promover liquidez no mercado à vista.

O momento sinaliza que os preços dos ativos estabelecidos pelo mercado financeiro estão distantes da realidade efetiva do país, o risco são correções abruptas.

Nem o quadro político e nem o econômico sugerem superação rápida, portanto os fatores impactantes negativos na formação dos preços devem continuar prevalecendo, no curto prazo eliminando as anomalias presentes.

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