A decisão em manter os juros inalterados, apesar de indicar que não deve se influenciar pelo desaquecimento atual da economia americana, mostra que o FED ainda busca a brecha necessária para avançar no aperto monetário.
Apesar da indicação de que “olha para frente”, o FED não ignorou o fato do novo governo americano demonstrar dificuldade em avançar com os planos de expansão fiscal, mesmo com a proposta de reforma tributária em andamento.
Deste modo, a tendência é de todas as formas não perder os avanços que a economia ainda demonstra, enquanto a inflação não sinalizar a necessidade concreta de desaceleração do conjunto econômico.
A produção industrial brasileira demonstra que o primeiro trimestre ainda não é o ponto de inflexão da curva do crescimento brasileiro e que a necessidade complementar de estímulos continua, ou seja, ou o BC acelera o corte de juros, ou não entrega o prometido crescimento.
CENÁRIO POLÍTICO
O placar da aprovação da reforma da previdência na comissão de constituição e justiça (CCJ) da câmara não demonstrou dissidência “fora do controle” para o governo e o avanço em plenário tende a continuar.
O empenho pessoal do presidente e da equipe econômica na pauta tem gerado relativo sucesso, apesar da forte desidratação e mesmo que a aprovação tenha maiores dificuldades no Senado por conta do posicionamento de Renan Calheiros, a tendência ainda é de aprovação.
No exterior, a vitória de Macron na França está longe de ser ameaçada, porém a atenção deve se manter, pois o efeito Trump/Brexit é passível de ocorrer a qualquer momento.
Nos EUA, Trump tenta emplacar mais uma tentativa de retirar o ObamaCare, porém o apoio no congresso continua muito baixo.
CENÁRIO DE MERCADO
Passada a decisão do FOMC, a tendência é dar atenção aos indicadores corporativos econômicos na sessão de hoje. A abertura é positiva nos futuros das bolsas em NY e na Europa. O fechamento na Ásia foi mais uma vez errático por conta da decisão do FED.
O dólar cai desde a abertura, enquanto o rendimento dos Treasuries registra alta em todos os vencimentos, desde os mais curtos, até os mais longos.
Entre as commodities metálicas, a decisão do FED pesou e a queda é generalizada.
O petróleo opera em baixa em todas as praças, após a queda menos pronunciada dos estoques americanos ontem.
Entre os balanços corporativos, destacam-se no Brasil Gerdau (SA:GGBR4), SulAmérica e Banco ABC (SA:ABCB4) Brasil.
Nos EUA, Kellogg, Regeneron, Viacom, AMC Networks, Activision Blizzard, CBS, El Pollo Loco e Shake Shack .
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1662 / 0,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,377%
Dólar / Yen : ¥ 112,92 / 0,151%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,140%
Dólar Fut. (1 m) : 3172,27 / -0,05 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,41 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,31 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 21: 9,96 % aa (0,40%)
DI - Janeiro 25: 10,40 % aa (0,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,94% / 66.094 pontos
Dow Jones: 0,04% / 20.958 pontos
Nasdaq: -0,37% / 6.073 pontos
Nikkei: 0,70% / 19.446 pontos
Hang Seng: -0,05% / 24.684 pontos
ASX 200: -0,27% / 5.876 pontos
ABERTURA
DAX: 0,932% / 12644,64 pontos
CAC 40: 1,007% / 5354,36 pontos
FTSE: 0,483% / 7269,44 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 66770,00 pontos
S&P Fut.: 0,294% / 2390,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,347% / 5632,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,75% / 83,13 ptos
Petróleo WTI: -1,21% / $47,24
Petróleo Brent:-1,30% / $50,13
Ouro: -0,37% / $1.233,62
Aço: -2,02% / $67,33
Soja: 0,44% / $18,37
Milho: -0,55% / $364,00
Café: 0,75% / $135,00
Açúcar: -0,51% / $15,68