Sazonalmente, neste período que antecede a entrada de salários, o varejo intensifica suas compras junto às indústrias para a recomposição de estoque, pois se espera melhoria do consumo por parte da população.
Naturalmente isso gera uma expectativa de firmeza nas cotações da arroba do boi gordo, porém esse movimento não é observado até aqui.
Reflexo disso foi o comportamento das cotações no mercado atacadista de carne bovina. Para os cortes sem osso queda de 2,4%, em média, e para a carne com osso, preços praticamente estáveis.
Apesar da demanda não reagir, as cotações em sua maioria, andam de lado. Pois com capacidade de suporte suficiente para a retenção do gado, pecuaristas relutam em entregar suas boiadas a preços abaixo da referência.
De maneira geral há oferta de boiadas, e quando as indústrias oferecem preços maiores os negócios fluem com maior facilidade.
Com isso, é a demanda que deve ditar o rumo que a arroba do boi gordo vai tomar no curto prazo.
Mercado travado, o consumo continua baixo e a oferta reduzida
Com as boas condições das pastagens, o pecuarista tem a capacidade de reter a boiada na fazenda na expectativa de melhores negócios. O mercado não tem um viés definido e a sua evolução dependerá do consumo.
Por Breno de Lima (Scot Consultoria)