A imposição de tarifas de importação pelo governo Trump teve efeitos significativos sobre as moedas dos países afetados, como México e Canadá. Desde o anúncio de implementação dessas tarifas, o peso mexicano (USDMXN) e o dólar canadense (USDCAD) sofreram fortes desvalorizações em relação ao dólar americano (USD), refletindo a incerteza econômica e as respostas do mercado às políticas comerciais protecionistas dos EUA. Essas desvalorizações funcionam como um mecanismo natural para tornar os produtos exportados por esses países mais baratos, ajudando a mitigar os efeitos das tarifas sobre a competitividade de suas indústrias.
No caso do México, o peso mexicano se desvalorizou mais de 20% em um ano, impactado diretamente pelas questões de total avanço da pauta de mudanças institucionais provocadas pela nova presidente Claudia Sheinbaum e posteriormente as ameaças e imposições tarifárias dos EUA. Assim diante da possibilidade de uma redução nas exportações mexicanas para os Estados Unidos e questões internas, investidores estrangeiros estão retirando capital do país, enfraquecendo a moeda. Afinal, o México depende fortemente do comércio com os EUA, o que torna sua economia mais vulnerável a mudanças abruptas nas políticas comerciais.
O Canadá também sofreu um impacto considerável, com o dólar canadense se desvalorizando cerca de 8,30% em relação ao dólar americano também no período de um ano. A economia canadense, também é altamente dependente do comércio internacional, especialmente com os EUA, foi afetada pelo aumento dos custos para exportar seus produtos. Isso pode gerar um desaquecimento econômico, pois setores como manufatura e exportação de commodities enfrentam maiores dificuldades para manter seus níveis de produção e emprego. Além dos fatores econômicos, questões políticas internas no Canadá levaram as instabilidades, culminando com a renúncia do primeiro-ministro Justin Trudeau no começo do ano.
Assim a desvalorização da moeda, embora possa atenuar os impactos das tarifas ao baratear os produtos exportados, também traz desafios internos. A principal preocupação é a inflação, pois a queda no valor da moeda encarece produtos importados, aumentando os custos de vida da população. Esse efeito pode ser ainda mais prejudicial para o México, que importa grande parte dos seus bens de consumo e insumos industriais.
Dessa forma, as tarifas de importação impostas pelos EUA não apenas prejudicam o comércio entre os países envolvidos, mas também geram instabilidade cambial, elevação da inflação e riscos de desaceleração econômica. A longo prazo, a escalada dessas tensões comerciais pode levar a uma realocação de cadeias produtivas e a uma busca por novos mercados, alterando a dinâmica do comércio global e forçando os países a reavaliarem suas estratégias econômicas e monetárias.