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Disney: reestruturação anunciada por CEO consolida crescimento no longo prazo

Publicado 10.02.2023, 16:39
Atualizado 09.07.2023, 07:31

A Walt Disney Company (NYSE:DIS) anunciou uma grande reestruturação, com cortes significativos de empregos e custos, na quarta-feira, medida mais importante tomada pelo novo CEO, Bob Iger, desde que surpreendeu o mercado no ano passado ao retornar para a companhia.

Além de resultados sólidos, as mudanças da reestruturação devem melhorar as margens da Disney daqui para frente.

A gigante de mídia e entretenimento declarou que reorganizará três divisões, incluindo Disney Entertainment, ESPN e Parques, Experiências e Produtos. A primeira divisão incluirá a maior parte das operações de mídia e streaming da companhia, enquanto a unidade ESPN abrangerá a rede de TV e a plataforma de streaming ESPN+.

Números sólidos em um difícil ambiente macro

Os planos de reestruturação foram anunciados logo depois que a empresa divulgou seu balanço para o 1º tri fiscal de 2023, que superou todas as expectativas. A companhia também registrou uma perda menor de assinantes do que esperava, o que fez seus papéis dispararem 6% antes da abertura das negociações.

A Disney apurou um lucro por ação (LPA) de 99 centavos no período, superando as estimativas consensuais de 78 centavos, de acordo com a Refinitiv. O lucro líquido foi de 1,28 bilhão de dólares no intervalo, ou 70 centavos por ação, uma alta em relação ao 1,1 bilhão de dólares, ou 60 centavos por ação, do mesmo período do ano passado. A receita foi de 23.51 bilhões de dólares, uma alta de 8% ano a ano, superando a expectativa de 23,37 bilhões.

A empresa informou que as assinaturas totais do Disney+ eram de 161,8 milhões, superando as projeções de 161,1 milhões. A Disney perdeu cerca de 2,4 milhões de assinantes no trimestre, após o recente aumento dos preços do serviço de streaming, enquanto os analistas esperavam uma perda de 3 milhões. A Disney reportou um lucro operacional de 1,05 bilhão em seu primeiro trimestre fiscal, menos do que a expectativa dos analistas de 1,2 bilhão.

Ao contrário das divisões de TV e direto para o consumidor (DTC), o segmento de Parques, Experiências e Produtos da Disney registrou um forte crescimento em comparação com o ano passado. A divisão aumentou em 21% sua receita ano a ano, para 8,7 bilhões de dólares no 1º tri. Mais de 6 bilhões disso vieram dos parques temáticos da Disney, com os visitantes passando mais tempo e gastando mais dinheiro em seus parques, cruzeiros e hotéis no último trimestre, além de soluções digitais, como Lighting Lane e Genie+.

Ação de Iger muda o foco para o lucro

Com Iger atrás do volante, a Disney pretende transformar drasticamente seus negócios através de medidas de cortes de custos e incentivando o poder criativo dos seus criadores de conteúdos. Iger declarou o seguinte, em um comunicado:

“Acreditamos que o trabalho que estamos fazendo remodela nossa companhia em torno da criatividade, ao mesmo tempo em que reduzimos custos, o que dará sustentabilidade ao crescimento e à rentabilidade dos nossos negócios de streaming, além de nos posicionar melhor para enfrentar os desafios futuros da economia global, sem deixar de entregar valor aos nossos acionistas”.

O retorno do CEO de 71 anos ocorreu em meio a um importante período de mudanças rápidas no cenário de mídia, com os consumidores cancelando suas assinaturas de TV a cabo e mudando para os serviços de streaming.

No entanto, até mesmo o setor de streaming vem enfrentando obstáculos, diante do aumento das despesas e consumidores cada vez mais sensíveis ao preço nos últimos trimestres. A Disney declarou que não fornecerá mais previsões de assinantes para o longo prazo, na tentativa de ir além da ênfase de métricas trimestrais de curto prazo.

Além da significativa reestruturação, a Disney pretende reduzir suas despesas em 5,5 bilhões de dólares. A companhia reduzirá em 3 bilhões os custos relacionados a conteúdos, excluindo esportes, e anunciou um corte adicional de 2,5 bilhões em segmentos não relacionados a conteúdo. A empresa já adotou medidas de cortes de custos de 1 bilhão de dólares desde o último trimestre.

Além disso, a Disney informou que irá demitir 7.000 colaboradores, o que representa cerca de 3% do seu quadro funcional total até 1 de outubro, de acordo com um documento regulatório enviado à SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA. A divisão de Mídia e Entretenimento emprega cerca de 166.000 pessoas nos EUA e quase 54.000 internacionalmente.

Com essas medidas, a Disney se junta a outras empresas de mídia que resolveram cortar despesas e aumentar o lucro dos seus negócios de streaming. O aumento da concorrência no mercado tradicional de mídia e streaming levou a um crescimento menor do número de usuários, forçando as empresas a buscar novas fontes de receita. Com isso, o Disney+ e a Netflix (NASDAQ:NFLX) lançaram planos de assinatura mais baratos para atrair mais clientes. Nas palavras de Iger:

“Vamos ter um rigor muito maior com os custos de tudo o que fazemos em televisão e cinema”.

Os anúncios da Disney ocorreram em meio a uma “guerra por procuração” travada com a gestora Trian Management, liderada pelo investidor ativista Nelson Peltz. O bilionário abriu uma batalha contra a companhia na tentativa de conseguir um assento em seu conselho. Ele disse que a Disney “perdeu o caminho, o que provocou uma rápida deterioração do seu desempenho financeiro”.

A Disney rebateu as alegações de Peltz, dizendo que o investidor ativista não compreendia os negócios da companhia e não tinha as qualificações necessárias para agregar valor aos acionistas. Peltz foi um dos poucos acionistas a se opor ao retorno de Iger à Disney, afirmando que a empresa deveria se concentrar em encontrar um novo CEO permanente.

Shane Neagle é responsável pelo The Tokenist. Confira a newsletter gratuita do The Tokenist, Five Minute Finance, para ter uma análise semanal das maiores tendências em finanças e tecnologia.

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