Os juros dos Treasuries dos EUA subiram durante o pregão de quinta-feira (03). A alta do dólar e dos rendimentos dos títulos da dívida pública americana ganhou mais força após a divulgação de indicadores dos Estados Unidos que superaram as expectativas de analistas.
Foi divulgado um índice que confirma a retomada da economia americana: a queda de pedidos de auxilio desemprego, pela primeira vez desde que começou a pandemia e isso demonstra um fortalecimento no mercado de trabalho dos Estados Unidos. A atividade de serviços dos Estados Unidos aumentou para uma alta recorde em maio, enquanto a economia caminha para a reabertura total.
E mais notícias boas no cenário mundial: a China comemorou a retomada de "debates normais" com os Estados Unidos nas frentes comerciais e econômicas, aparentemente dispostas a superar uma guerra comercial ao dizer que os dois lados almejam resolver problemas pragmaticamente. Na Europa, a atividade empresarial disparou em maio com redução de restrições
Após feriado no Brasil, o mercado de câmbio desta sexta-feira pode ter alguma correção em relação a posições de proteção de alguns investidores e dar uma subida, ou seja, o real não se manter tão apreciado. Mas vamos ao que pode influenciar na taxa de câmbio de hoje:
Do calendário econômico, os eventos que podem impactar o câmbio são os seguintes: as vendas do varejo mensal (abril) e anual na zona do euro; às 8hrs da manhã discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve; além de dados do mercado de trabalho do governo dos EUA (payroll) e a taxa de desemprego (maio), varias posições liquidas de commodities tais como petróleo, alumínio, soja, trigo, dentre outras.
Por aqui, bancos devem estar “de cabelo em pé” com a aprovação do texto-base pela câmara da Medida Provisória que aumenta a tributação de instituições financeiras, a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para os bancos passa de 15% a 25% até 31 de dezembro de 2021 e passa para 20% a partir de 2022.
Standard & Poor's mantém nota da dívida do governo brasileiro. A agência recomendou a aprovação de reformas macroeconômicas para ajudar a conter o crescimento dos gastos públicos. No entanto, informou não esperar a aprovação de “complexas reformas fiscais” nos próximos dois anos por causa das eleições de 2022. Mesmo assim, a S&P Global prevê eventuais avanços, caso o Congresso aprove as reformas administrativa e tributária, reduzindo a pressão sobre as finanças públicas e atraindo investimentos privados no médio prazo.
A moeda brasileira está forte, mas não se pode esquecer que a pandemia continua e ruídos políticos podem sempre alterar a taxa de câmbio, aparentemente o país está melhorando economicamente e, se acelerarmos as reformas administrativa e fisca,l daí sim dias melhores virão.