Bom dia, sobreviventes do mercado de câmbio. Tenho doreito de chamar vocês assim, né? O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,6587 para venda, conforme informado pela mesa da Getmoney corretora.
Pois é, galera, o botão de aversão ao risco está on. O medo do efeito Trump (que tem falado sobre taxa nas importações) e a proximidade das eleições nos EUA, a queda no preço do petróleo no mercado internacional, as preocupações com a economia da China e tensões no Oriente Médio fizeram preço na taxa de câmbio. Nem a esperança do anúncio de medidas sobre corte de gastos aqui no Brasil, após o segundo turno das eleições municipais, conseguiu conter a alta do dólar.
Os últimos dias têm sido de grande diferença entre a taxa mínima e máxima do dólar. E ontem não foi diferente. Na mínima o mercado operou em R$ 5,5643 e na máxima R$ 5,6645. Importante para nós é ficar atento a “notícias-gatilho” para mudar de posição e surfar na onda de comprar ou vender. Isso tem acontecido direto no cenário econômico e surtido impacto significativo na taxa de câmbio. Lembrem-se que os grandes fundos têm taxas-alvo e ordens de stop loss a determinadas taxas, o que desmonta posições e tem o poder para mexer bastante na taxa do dólar.
Olhando para os EUA, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse ontem que é muito provável que continuem as reduções de juros este ano se os dados vierem de acordo com as expectativas de queda da inflação. Atualmente, a taxa de juros norte-americana está situada na banda entre 4,75% e 5%. Já o ministro da defesa de Israel disse que um contra-ataque em cima do Irã acontecerá em breve para responder ao recente ataque que houve em Israel.
Para hoje, o calendário econômico está tranquilo. No Brasil teremos apenas o fluxo cambial estrangeiro (14:30 hrs). Na zona do euro, somente discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE (15:40 hrs). Nos EUA, o balanço orçamentário de setembro (15:00 hrs).
Bons negócios a todos, aproveitem as oportunidades e muito lucro.