Bom dia, queridos leitores das análises de câmbio. O dólar à vista fechou ontem cotado a R$ 5,7084 para venda, conforme informado pela mesa de câmbio da corretora Getmoney.
Está difícil sair desse patamar. A mínima foi R$ 5,6861 e a máxima foi R$ 5,7211. Nada daqueles gráficos e estudos, de que se “romper” determinada cotação cai ou sobe, se confirmarem. Câmbio não é estatística. As variáveis político econômicas importam e o fluxo dita o movimento.
A falta de recuperação da economia na China continua preocupando. Muitas empresas estão cortando preços, custos e reduzindo a atividade por lá. A crise imobiliária está complicada e o desemprego entre os jovens é preocupante. A ameaça do candidato a presidência dos EUA, Donald Trump, de taxar em 60% os produtos chineses também pode exercer pressão sobre a base da indústria chinesa.
E por aqui, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse ontem que os número de inflação mostram uma convergência e que será necessário ajustar o ritmo de cortes, porque a pressão veio maior do que o esperado. Se e quando o pacote fiscal vier, e se for de forma eficiente, causará um efeito positivo no real. A taxa de câmbio vem muito das expectativas.
Ainda falando de Brasil, deve ser votada até final do mês que vem a proposta de regulamentação da Reforma Tributária. Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que é necessário cortar gastos ineficientes de políticas públicas para não gerar superávit. Estamos aguardando isso. E aí, Sr. Presidente e ministro Haddad? Já passaram as eleições municipais.
A semana está recheada de dados nos EUA, inclusive o payroll na sexta, e ainda temos a Ptax dia 31 para dar “aquela animada” no mercado.
No calendário econômico para hoje no Brasil teremos o IED (investimento estrangeiro direto) às 8:30 hrs. Nos EUA, acompanharemos as ofertas de empregos Jolts de setembro e a confiança do consumidor de outubro (11:00 hrs).
Bora ficar na expectativa da eleição presidencial norte-americana, do pacote fiscal aqui, de olho nos conflitos no Oriente Médio e se o governo chinês vai anunciar alguma coisa paupável para ajudar no crescimento lá.
Bons negócios a todos e muito lucro.