Bom dia, mercado do câmbio! O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 4,9461 para venda, segundo os operadores da Getmoney. O mercado achou até que bom, a perspectiva de os juros norte-americanos caírem esse ano, independente do progresso ser contínuo na queda da inflação.
Eu, na verdade, não comprei isso, afinal, a fala de Powell foi de que os cortes de juros serão apropriados ainda este ano se a economia evoluir conforme o esperado. Alô, galera, teve um “se”, ninguém escutou? Fora isso, ainda pontuou que a inflação corre o risco de não cair continuamente. Aos que me leem aqui, isso foi mais do mesmo. Eles estão acompanhando dados, números, para poder decidir quanto iniciará o ciclo de corte de juros.
O indicador chave para nós do mercado de câmbio continua sendo o Payroll de sexta-feira. Portanto, hoje o mercado vai operar nesta expectativa. Ontem, o ADP, que é tipo uma prévia do Payroll, só que exagerada na desaceleração, mostrou uma criação de vagas de emprego no setor privado, pouca coisa abaixo do esperado para fevereiro.
Agora vamos olhar para dentro. O tema da vez chama se Perse, e o assunto é a tentativa do governo de enxugar o programa. Outras tratativas também estão sendo feitas e gerando resistência, como no caso da tentativa de Haddad de reonerar a folha salarial de 17 setores da economia.
Como linha de chegada, o governo quer zerar o déficit primário neste ano. Vamos acompanhar, sei não…
Observem que um outro ativo de aversão ao risco, além do dólar, é o ouro, e o metal fechou ontem o dia novamente em alta. Já é o sexto pregão consecutivo com o ouro subindo. Os motivos são as incertezas geopolíticas e as eleições presidenciais nos EUA. Na China, foi mantida a meta de crescimento de cerca de 5% em 2024. Essa meta é igual a do ano passado, mas no cenário atual será bem difícil de ser alcançada. Por outro lado, se o país fixasse uma meta menor, poderia enfraquecer ainda mais a confiança.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar aqui no Brasil o Balanço Orçamentário, a Dívida Bruta/PIB e o Superávit Orçamentário de janeiro. Sairá também o IGP-DI de fevereiro e o fluxo cambial estrangeiro. Na Zona do Euro teremos a decisão da taxa de juros, a declaração de política monetária do BCE e o discursos de Christine Lagarde. Nos EUA, sairão os pedidos iniciais por seguro-desemprego, a balança comercial de janeiro, mais um discurso de Powell (que obviamente não vai contradizer o de ontem) e o discurso de Mester, membro do Fomc.
Bons negócios a todos e muito lucro!