Dólar oscila pouco com acordo EUA-Japão e tarifas dos EUA em foco
Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o último pregão cotado a R$ 5,4350 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
A disputa pela Ptax de fechamento de trimestre puxou a moeda norte-americana para baixo. Foi um dia marcado também pela queda dos rendimentos dos treasuries nos EUA. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse no Congresso que se a inflação não acelerar de forma contundente no verão poderá cortar os juros por lá. Investidores interpretaram a fala como corte de juros de 0,25% em setembro.
O principal índice a ser divulgado na semana é o Payroll. Continuamos de olho nisso. Se o mercado de trabalho mostrar uma desaceleração, o otimismo quanto a cortes de juros será mantido. Portanto, o enfraquecimento do dólar continua justificado. Soma-se a isso a incerteza comercial quanto aos impactos das tarifas e às críticas de Donald Trump ao presidente do Fed.
A partir de 9 de julho, teremos que ver o que ocorrerá com as tarifas e isso pode trazer volatilidade ao mercado de câmbio. Por enquanto parece que acordos estão em andamento. Por aqui, os números do Caged vieram bem abaixo do projetado pelo mercado. Isso pode fazer com que o Copom repense sobre manter a Selic em 15% por muito tempo.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na Europa, antes do mercado abrir, o PMI industrial e o IPC de junho e discurso de Elderson e Schnabel, ambos do BCE. Às 10:30 haverá discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE. No Brasil sairá o PMI industrial de junho (10:00 hrs). Nos EUA, teremos discurso de Jerome Powell, chair do Fed (10:30 hrs), PMI industrial de junho e ofertas de emprego Jolts de maio (11:00 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.