Bom dia e bom último pregão do mês, mercado do câmbio. E aí? Sobreviveram ao câmbio de ontem? Que chilique, ein. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 5, 6227 para venda, conforme informado pela mesa da Getmoney corretora.
Rompeu os R$ 5,60 novamente. A leitura do mercado sobre o PIB norte-americano divulgado ontem foi que agora os juros nos EUA podem ser cortados em menor magnitude. Tenho dito aqui que não faz sentido o Fed cortar 0,5 pp de uma vez já em setembro. Parece que agora o mercado aceitou essa realidade e, com isso, a expectativa que era de corte de 0,5 pp foi para 0,25 pp e com isso, força para o dólar. Esse movimento foi visto no mundo todo e não apenas no Brasil. Por aqui, como sempre, tivemos aquele prêmio adicional devido ao fiscal. O ruído da vez é que o auxílio-gás poderá ser pago fora do Orçamento. E também temos a possibilidade de flexibilização das regras de despesa com pessoal nos governos. A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que permite que órgãos públicos possam gastar mais com pessoal. A proposta vai agora ao Senado.
Para hoje, teremos leilão de dólares à vista e, ainda falando de fiscal, -- que sim, leitores, influência no câmbio e não posso deixar passar em branco o assunto -- temos a expectativa da apresentação do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025, com o detalhamento das despesas e das receitas para o próximo ano. Vamos ver se é viável acreditar em déficit zero. Agora convido vocês a participar do nosso tradicional quiz de final de mês? Opinem aqui nos comentários, hoje o dólar sobe mais ou devolve um pouco?
Agora o mercado aqui está dividido quanto à nossa Selic, praticamente metade aposta em alta de 0,25% e a outra metade em alta de 0,5%. Quem “ousar” pode opinar, além da alta ou ou baixa no câmbio de hoje, no futuro da Selic. Eu aposto em manutenção de juros por aqui. Pelo menos por enquanto. Ainda que a expectativa da inflação esteja desancorada, não há nada concreto que justifique subir juros em setembro. E digo mais, essa decisão não deve ser unânime, o que vai “causar” ainda mais no dia. Mas isso é papo para meados de setembro.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar, na Zona do Euro, antes do mercado abrir, o pronunciamento de Schnabel, do BCE, o IPC de agosto e a taxa de desemprego de julho. Por aqui sai às 8:30 hrs o Superávit Orçamentário de julho e a Dívida Líquida/PIB. Teremos taxa de desemprego de julho (9:00 hrs), Ptax de agosto (13:30 hrs) e Caged de julho (14:30 hrs). Nos EUA, o que de fato deve direcionar o dólar a nível mundial é o PCE de julho, que sai às 9:30 hrs. Esse índice é considerado o queridinho do Fed na tomada de decisão quanto a decisões na política monetária. Teremos ainda nos EUA os gastos pessoais de julho (9:30 hrs), PMI de Chicago (10:45 hrs), expectativa de inflação e confiança do consumidor de agosto de Michigan (11:00 hrs).
Bons negócios a todos, muito lucro e um ótimo final de semana, galera!