Bom dia, mercado do câmbio! E lá vamos nós para o último pregão da semana. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R $ 5,6635 para venda, conforme informado pela mesa da Getmoney corretora.
Bastou Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, aparecerem juntos em entrevista coletiva dizendo que o governo Lula deve anunciar medidas fiscais em breve, e que esses anúncios irão diminuir as preocupações com as contas públicas, para o dólar cair. A equipe econômica prometeu apresentar a partir de novembro propostas para controlar gastos públicos.
Neste final de semana teremos as eleições municipais e, após esse evento, o mercado aguarda o anúncio de tais medidas. A atual taxa de juros no Brasil está em 10,75% ao ano. Se as medidas anunciadas agradarem o mercado e o dólar cair (ontem já deu uma amostra disso só com a promessa de medidas), daí pode ser que o Copom não precise elevar tanto assim os juros por aqui. Vamos ver.
Ontem o mercado de câmbio operou boa parte do dia em alta, reagindo ao IPCA-15, que veio acima do esperado. Porém, o jogo virou com a realização de lucros e as promessas de medidas fiscais. Aqui é sempre assim, sobe demais e devolve na mesma proporção.
Agora o conselho é o seguinte, meus queridos leitores, olho nas variáveis de sempre: economia chinesa, eleição presidencial nos EUA, guerra no Oriente Médio e o fiscal daqui. Se alguma dessas variáveis der sinais de alívio poderemos ver o dólar cair mais um pouco. E se Trump ganhar, ou a guerra se acirrar, ou as medidas fiscais não agradarem, daí é dólar pra cima.
No calendário econômico para hoje acompanharemos aqui no Brasil a confiança do consumidor de outubro da FGV (8:00 hrs). Nos EUA, expectativa de inflação e confiança do consumidor de Michigan de outubro (11:00 hrs) e discurso de Collins, do Fed (12:00 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro!