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Dólar Não Cai? S&P e o Ibovespa só Sobem? Vamos Continuar Dançando Essa Canção?

Publicado 08.02.2021, 11:21
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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A TONTURA DO CURTO PRAZO…

2 semanas atrás estava aqui escrevendo e me perguntando: vivemos uma bolha? Foi antes do frenesi de uma semana de GameStop (NYSE:GME). O S&P 500 estava em 3.850 pontos e o Ibovespa em 118 mil.

Passaram-se 2 semanas, muitas emocões! GameStop, caminhão de resultados, eleição da Câmara, evolução da vacina, muitas discussões. Surge um novo app com a comunidade financeira brasileira entrando (o tal do ClubHose). É tanta coisa que acontece em tão pouco tempo, não é mesmo?

É tanta coisa que o cara fica até tonto!

Eu falo aqui por exeperência pessoal. Acordo aqui em Miami e normalmente tenho umas 200 mesagens de grupos de whatsapp falando do mercado. É um bombardeio de informações que deixa o cara tonto. Mas o engraçado é que o S&P esta em 3.880 e o IBOV em 120 mil. Os índices subiram 0.8% e 1.7%!

Por isso, conselho de amigo: não tente acertar o timming de mercado, nem se perca no mar de informações que recebemos diariamente! Por isso, faço questão de escrever aqui semanalmente ou quinzenalmente. Dá tempo de pensar, de deixar os pensamentos, ideias e análises maturarem. Pra quem gosta de gráfico, dá uma olhada nos gráficos semanais então.

Enfim, façam esse teste e me digam.

Mas vamos falar algumas coisas acerca do mercado.

POR QUE O DÓLAR NÃO CAI?

Essa semana fiz um post no insta, se liga:

6 anos atras = R$ 2.70. Atualmente = R$ 5.40. Em 2027 = R$ 10.80? Sim, eu usei como sacanagem, mas há 6 anos atrás os R$ 5,70 também soariam, em termos percentuais, dá no mesmo.

Enfim, discussão para outro post. Mas olhando a semana, ou as semanas, o otimismo e apetite a risco tem estado ligado no mercado: bolsas americanas atingiram máximas essa semana novamente. Mas o Realzão véio de guerra não cede! O Real, que é um ativo de risco, não performou bem! Mesmo depois da eleição da Câmara, não destravou!

A meu ver, um ingrediente importante na equação atual: o ritmo de vacinação dos países já tem sido fator relevante para o desempenho das moedas esse ano. Assim sendo, quem vacinar mais rápido a população pode ver sua moeda se valorizando. Isso porque permite a reabertura de negócios e, consequentemente, contribui para uma retomada da economia.

Dados da Bloomberg mostram que, dos 5 países que lideram a luta contra a Covid-19, todos, exceto um, viram suas moedas ganharem em relação ao dólar em janeiro. Para citar alguns exemplos, a Inglaterra tem apresentado um ritmo de vacinação mais rápido que EUA e Europa; não por acaso a (libra esterlina) se valorizou. O Dólar Australiano performa mal porque a vacinação por lá tem sido lenta. O mesmo aconteceu com Rúpia da Indonésia, o dólar de Cingapura e o Ringgit da Malásia. Mas o exemplo-mor é o Shekel Israelense que se valorizou para o seu nível mais alto em 24 anos contra o dólar – vide gráfico abaixo (quanto mais cai, mais valorizada se mostra a moeda israelense). Israel já vacinou 63% da sua população!

Quando o dólar vai cair? Não faço ideia, mas talvez acompanhar o ritmo de vacinações poderá fornecer alguma pista. Lembrando que estamos falando de pares de moedas. Portanto, é uma corrida relativa, e talvez para vermos o Real se valorizar ante o dólar precisaremos ver o Brasil acelerar a vacinação da população. Aqui nesse link você encontra dados oficiais confiáveis para acompanhar a vacinação por países.

NÃO TEM YIELD?

Assim como disse semana passada, quanto mais estudo e olho dados do mercado americano, acho algum dado ou gráfico que aponte para uma bolha ou exageros. O gráfico abaixo já pode ser considerado um clássico.

Com as ações em alta, obviamente que a margem de segurança do investimento em renda variável diminui. O Earnings Yield é bastante observado pelo mercado e atingiu mínima histórica essa semana. A leitura é: o retorno esperado dos fluxos de dividendos das ações, nos atuais patamares, se mostra historicamente baixo. Em outras palavras, poderia se dizer que não compensa o risco investir em ações agora.

Mas essa tem sido uma tônica constante, e ainda assim o mercado sobe!

Qual a resposta?

A falta de alternativas é a principal, com juros próximos a zero, mesmo um yield de 3% numa ação se torna atrativo, essa é a lógica que vem dirigindo o mercado. O mesmo vale para o Brasil que roda com um juro real negativo (juro – inflação), algo quase que impensável quando olhamos nosso histórico.

MAS, PORÉM, CONTUDO, ENTRETANTO, TODAVIA, NO ENTANTO…

Não vou aqui justificar o injustificável, quem me acompanha sabe que tenho sido cauteloso e tenho estado errado. Mas na busca por entender onde estou errando, me deparo com o que vou expor abaixo que entendo ser algo muito interessante. Talvez isso explique porque o mercado pode subir mais mesmo com todo meu ceticismo:

O que acontece que ao fechar a economia por conta da pandemia, reduziram-se as possibilidades de consumo. O mundo consumiu menos restaurantes, viagens, passagens aéreas, hotéis, cassinos, etc. Sim, é verdade que o consumo de outros produtos e serviços aumentou; e também é verdade que muitos perderam empregos e renda e isso afeta negativamente a riqueza agregada da economia.

No entanto, a injeção massiva de dinheiro na economia atenuou isso. O “net” disso (resultado líquido) foi um incremento muito grande na taxa de poupança dos americanos. Os 2 gráficos abaixo mostram exatamente isso. O primeiro compara a taxa de poupança dos americanos com a crise de 2008. Fica claro ver como houve uma forte expansão de poupança. O segundo mostra o mesmo, mas numa evolução mensal pontuando o impacto dos cheques do governo americano.

E qual o impacto disso para o mercado?

Bom, se a história nos ensina algo, segundo Denise Chisholm, estrategista da Fidelity, o que vimos no passado, em momentos semelhantes a esse, ou seja, no qual a taxa de poupança aumentou foi:

(i) o aumento de lucros das empresas

(ii) expansão de múltiplos das ações

O gráfico abaixo mostra isso.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Então teríamos 2 fatores que sugerem que o mercado pode continuar a subir a despeito da incredulidade de muitos, incluindo a minha. Sim, é aquela história do “está sobrando dinheiro no mundo”, e esse dinheiro procura uma alocação!

BUBBLE?

E o que acontece se você jogar mais dinheiro nesse sistema? Dona Janete diz que voltaríamos ao pleno-emprego em 2022!

Eu não sei se ao pleno-emprego, mas que uma parte relevante dessa grana vai vir para o mercado me parece um fato! Talvez ela esteja se referindo ao fato que teremos uma explosão no número de traders de mercado? Ai nao teríamos mais desemprego…rs

Parece que já tem gente se organizando e planejando como vai gastar os cheques do governo:

Ironias e brincadeiras a parte, não é por acaso já tem gente culpando ela por uma possível bolha….

MINHA CARTEIRA

Está sobrando dinheiro no mundo, mas não na minha carteira!

Por motivos de compliance não posso mais postar minha carteira. Mas posso dizer em linhas gerais como estou.

Estou com cerca de 40% alocado fora do Brasil e com um arrependimento de não ter sido mais ousado e virado mais a chave para o mercado internacional. Como a maioria dos investidores, fui esperar a melhor hora de fazer o câmbio e me lasquei. Quero alcançar pelo menos 50% fora por diversos motivos mas posso enumerar: (i) acesso a mais oportunidades; (ii) investimento em moeda forte; (iii) consegue investir em ativos brasileiros se quiser; (iv) estou morando fora, e teria varios outros. Apesar dos pesares, nos EUA ainda carrego uma posição elevada de caixa, logo, não estou participando da recente “festa do mercado” com todo potencial que poderia. Faz parte. Aqui fora tenho REIT, tecnologia, bancos, turismo, e-commerce, construção e algumas small caps, acho que é isso.

Nos 60% de Brasil eu continuo com uma parcela investida e bem diversificada na Asset que ajudei a construir, a VGR Asset. Fora isso tenho algumas ações que carrego há tempo como core: bancos, shoppings, properties, além de construtoras e 3 small caps de setores diferentes. Vou aguardar os resultados que começam a ser divulgados essa semana, para daí decidir se faço alguma movimentação nos ativos.

Para não ficar totalmente de fora do “oba oba” recente, tenho participado dos IPOs que surgem. Não recomendo, nem estou dizendo que faça sentido, mas muita coisa não faz sentido nesse mercado. O que tenho visto é que na falta de um setor de tecnologia mais parrudo, empresas como a Méliuz (SA:CASH3), Enjoei.com (SA:ENJU3), Banco Inter (SA:BIDI11), Locaweb (SA:LWSA3) e alguns outros players acabam sendo o “cavalo tech” de muitos. Acho esquisito e não me agrada, me parecem desconexas de qualquer valuation, mas talvez esteja já velho com meus 37 anos. Ah, e no Brasil tenho cerca de 15% em caixa.

Em linhas gerais não tenho do que me gabar acerca da minha carteira. Performance fraca por aqui. Mas sigo firme as minhas convicções e visão de mercado.

Sobre o mercado seguimos dançando, mas estejam perto da porta…rs.

Era isso.
Aquele Abs.

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