Fechamos a semana com a reação do mercado ao Copom, que foi muito ruim e a curva de juros se transformou em uma reta. Ao optar por agir pressionado pelo mercado, e fazer um comunicado confuso e assustado, o BC elevou a desancoragem e as dúvidas quanto ao futuro.
Dólar continuou subindo na sexta-feira, e fechou a semana como ativo de proteção. Dólar Ptax foi R$ 5,6424.
A situação fiscal segue caótica com planos de incluir créditos extraordinários para o Auxílio Brasil. Mercado se estressou com o adiamento da PEC dos Precatórios para a próxima quarta-feira e boatos de que o governo poderia reeditar o “estado de calamidade” e usar créditos extraordinários para financiar o Auxílio Emergencial.
Boa notícia é que as contas fiscais registraram superávit primário de R$ 303 milhões em setembro, melhor valor para o mês desde 2012, última vez em que o resultado ficou no azul.
O último dia do mês foi de forte volatilidade, mas mantendo a moeda americana cotada acima de R$ 5,60. O dólar à vista teve alta de 0,28%, a R$ 5,6419 reais. Na semana, a moeda teve alta de 0,31%, enquanto, no mês, a valorização acumulada foi de 3,53%.
A reunião do FOMC ocorrerá nesta semana, quando o Federal Reserve pode anunciar o início da redução do programa de compras de ativos.
Na Alemanha, o PIB do terceiro trimestre avançou 1,8% em relação aos três meses anteriores, abaixo da previsão de alta de 2,1%. Além de gargalos na oferta, a Covid-19 também pesou no resultado.
Amanhã é feriado no Brasil e quarta-feira é dia importante para acompanhar a Ata do Copom e a declaração do FOMC quanto aos juros americanos e possível anúncio do tapering. Além disso, veremos se a PEC dos precatórios avança, pois o tempo urge.