Dow tenta ampliar sua sequência de altas, aguardando a decisão do Fed na semana

Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: Os mercados asiáticos fecharam de forma mista nesta segunda-feira, com os investidores digerindo dados econômicos de toda a região.

O índice Hang Seng de Hong Kong liderou as perdas regionais, ao cair 2,25% e fechar em 18.646,00 pontos, arrastado principalmente pelas ações do setor imobiliário. As ações da Country Garden caíram quase 7%, para o nível mais baixo em mais de oito meses devido aos temores renovados de dívidas dos incorporadores imobiliárias chinesas. O JP Morgan rebaixou as ações para "subponderação" e reduziu pela metade o preço-alvo. Os analistas do banco também alertaram que, a menos que o governo chinês ofereça mais apoio político, as preocupações com a liquidez provavelmente permanecerão.

Os mercados da China continental também fecharam em baixa. O Shanghai Composite caiu 0,11%, terminando em 3.164,16 pontos e registrando o quinto dia de perdas em seis sessões, enquanto o Shenzhen Component caiu 0,58%, para 10.747,79 pontos, marcando sete dias consecutivos de perdas.

A China está intensificando as medidas destinadas a impulsionar sua economia antes de uma importante reunião do Politburo nesta semana, que revisará o desempenho econômico do país no primeiro semestre. Na semana passada, as autoridades anunciaram uma série de promessas direcionadas a setores específicos ou com o objetivo de assegurar aos investidores privados e estrangeiros um ambiente de investimento mais favorável, mas eram medidas sem detalhes concretos. O JPMorgan (NYSE:JPM) recentemente cortou sua previsão para o PIB da China em julho para 5%, ante 5,5% anteriormente, o sexto ajuste desde janeiro. Isso veio junto com os cortes deste mês do Citi e do Morgan Stanley (NYSE:MS) para 5%.

O Kospi da Coreia do Sul subiu 0,72% para terminar em 2.628,53 pontos e registrar seu terceiro dia consecutivo de ganhos.

No Japão, o Nikkei ganhou 1,23%, fechando em 32.692,50 pontos. A atividade comercial do Japão expandiu pelo sétimo mês consecutivo, de acordo com estimativas rápidas do banco au Jibun. O PMI flash composto do país ficou em 52,1 em julho, inalterado em relação ao mês anterior. O PMI de serviços caiu ligeiramente para 53,9, ante 54 em junho, enquanto a atividade manufatureira permaneceu em território de contração, com o PMI caindo de 49,8 para 49,4.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,10%, para terminar em 7.306,40 pontos, com as ações de mineração pesando sobre a bolsa local, enquanto as ações do setor de energia fecharam em alta. A Pilbara Minerals caiu 5,8%, a South 32 perdeu 2,6%, a Rio Tinto (LON:RIO) caiu 1,31% e a BHP caiu 1,5%. Whitehaven Coal terminou o dia em alta de 3,1%, a Woodside Energy subiu 2,3% e Santos avançou 2,1%.

A atividade empresarial do setor privado da Austrália caiu pela primeira vez desde março, devido principalmente a uma contração na atividade de serviços. De acordo com estimativas flash do Juno Bank, o PMI caiu para 48,3, ante 50,1 em junho. O PMI de serviços ficou abaixo da marca de 50 sem mudanças para 48, abaixo dos 50,1 em junho. Em contraste, a atividade manufatureira registrou uma contração mais suave, em 49,6 em comparação com os 48,2 vistos em junho.

A leitura do PMI acima de 50 representa uma expansão do setor, enquanto uma leitura do PMI abaixo de 50 representa contração.

EUROPA: Os mercados europeus negociam sem direção nesta segunda-feira, com os investidores digerindo os resultados inconclusivos das eleições na Espanha e antecipando uma semana movimentada de resultados corporativos e reuniões do banco central.

A atividade empresarial na zona do euro enfraqueceu no ritmo mais rápido em oito meses em julho, mais do que o esperado. O Índice PMI Composto da Zona do Euro, que mede a atividade nos setores de manufatura e serviços, caiu para 48,9 em julho, ante 49,9 em junho, ficando ainda mais abaixo do nível que marca a contração. A leitura também ficou abaixo das expectativas dos economistas, que esperavam que o PMI ficasse em 49,7. Tanto o setor de serviços quanto a atividade manufatureira enfraqueceram no mês, com o primeiro atingindo uma mínima de seis meses e o segundo continuando uma tendência de quedas, registrando uma mínima de 38 meses. Segundo um analista, a indústria continua sendo o "calcanhar de Aquiles da zona do euro" e que a contração provavelmente continuará no segundo semestre do ano.

O pan-europeu Stoxx 600 cai 0,4% nas negociações no final da manhã de segunda-feira, com ações de bens de consumo liderando as perdas.

O alemão DAX 30 opera estável e o francês CAC 40 perde 0,4%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,7%. As eleições espanholas realizadas no domingo deixaram o país sem uma maioria clara para nenhum dos dois principais partidos, abrindo a porta para negociações potencialmente prolongadas para a formação de uma coalizão. O português PSI 20 opera próximo da estabilidade.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,1%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 0,6%, BHP recua 0,7%, enquanto Rio Tinto sobe 0,4%. A petrolífera BP sobe 0,7%.

O Banco Central Europeu reúne na quinta-feira, quando os formuladores de políticas devem anunciar um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros e oferecer orientação para os estágios finais de seus esforços para combater a inflação.

EUA: Os contratos futuros dos índices de ações dos EUA sobem na segunda-feira, enquanto os investidores seguem de olho na temporada de relatórios de ganhos e aguardam a decisão política do Federal Reserve na semana.

Na sexta-feira, o Dow obteve um ganho de 2,51 pontos, ou alta de 0,01%, terminando em 35.227,69 pontos, o 10º dia consecutivo de ganhos e marcando seu rali mais longo desde 2017. O S&P 500 subiu 0,03%, em 4.536,34 pontos e encerrou a semana com alta de 0,7%, enquanto o Nasdaq Composite caiu 0,22%, em 14.032,80 pontos, fechando a semana com baixa de 0,6%.

Os investidores antecipam que o Fed aumentará as taxas em um quarto de ponto percentual na conclusão de sua reunião na quarta-feira e esperam pelos comentários do presidente Jerome Powell para ter uma ideia da posição do banco central sobre o que acontecerá a seguir, enquanto o BC tenta um pouso suave para a economia.

Na agenda econômica de hoje, espera-se a divulgação do PMI Composto dos EUA às 10h45.

Os investidores também estarão atentos à dados importantes durante a semana. A estimativa antecipada para o PIB do segundo trimestre será divulgada na quinta-feira. Economistas consultados esperam que o Departamento de Comércio informe que os EUA cresceram a um ritmo anualizado de 1,7% no período de abril a junho, enquanto o índice de gastos de consumo pessoal, o indicador de inflação preferido do Fed, deve ser divulgado na sexta-feira.

A temporada de resultados deve ter a semana mais movimentada, com quinta-feira sendo o dia mais intenso. Cerca de 40% do Dow e 30% do S&P 500 divulgarão suas atualizações financeiras durante a semana, incluindo Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Meta. Várias grandes empresas farmacêuticas também estão se preparando para relatar seus números e é uma grande semana para empresas industriais e grandes petrolíferas também.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas caem na segunda-feira, à medida que os "traders" aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve nesta semana.

O lançamento global de uma nova criptomoeda cofundada pelo CEO da OpenAI, desenvolvedor do ChatGPT, Sam Altman, um projeto que visa criar uma "prova de pessoalidade" digital por meio da tecnologia de escaneamento ocular diante do crescimento da inteligência artificial, pouco tem feito para levantar os ânimos no setor. A Binance, maior exchange de criptomoedas, disse que listaria o token Worldcoin. No entanto, a Worldcoin não está atualmente disponível nos EUA devido à incerteza regulatória em torno do setor de criptomoedas.
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O Bitcoin cai 1,9% nas últimas 24 horas na manhã desta segunda-feira, próximo de US$ 29.300. A maior criptomoeda tem lutado para construir ganhos acima de US$ 30.000 nos últimos meses e a decisão e a mensagem do Fed parecem estar mantendo os compradores à margem dos ativos de risco no momento.

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, caiu 1,2%, para US$ 1.868.

Tokens menores, ou altcoins, também recuam, com Cardano caindo 2,2% e Polygon perdendo 3%. Entre as memecoins, Dogecoin sobe quase 4% e Shiba Inu cai 1,5%.

Bitcoin: -1,95% em US $ 29.307,40
Ethereum: -1,16% em US $ 1.852,78

ÍNDICES FUTUROS - 7h40:
Dow: +0,18%
S&P 500: +0,26%
NASDAQ: +0,33%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +0,06%
Brent: +0,46%
WTI: +0,58%
Soja: +1,37%
Ouro: +0,19%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.