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E o Dólar, Hein?

Publicado 05.02.2016, 11:56

O mercado de câmbio brasileiro, se é que foi ele, buscou colocar o preço da nossa moeda em linha com o ajuste ocorrido no mercado internacional, mas o nosso Brasil não está apto a participar deste movimento, a situação econômica, fiscal, etc... de o país está péssima e a perspectiva é de piora dos seus fundamentos doméstica bastante acentuada, visto que nada se viu de ações efetivas do governo no sentido de mudar este quadro.

Buscou-se atribuir o fato a perda de dinamismo momentâneo da economia americana e que criou concreta expectativa de que o FED americano não elevará o juro novamente no curto prazo. Argumento fraco, visto que já faz tempo que houve a percepção de que a autoridade americana agiu com precipitação ao elevar discretamente o juro ao final do ano passado e que, na sequência, quando o fizer novamente será gradual, portanto com repercussões disseminadas ao longo do tempo nos países emergentes, em especial Brasil, Turquia e África do Sul, considerados os mais vulneráveis.

Ainda nesta linha de influências, agregou-se substancial venda de NTN-A, segundo consta por um banco que vem se desfazendo de ativos e que detinha esta posição oriunda de absorção ocorrida de outra instituição e que estava em carteira. A dimensão do lote tinha efetivamente capacidade de impactar na formação do preço da moeda americana e é até possível que tenha contribuído ou pelo menos servido para justificar e tornar mais nebuloso o movimento ocorrido no mercado de câmbio.

No mundo cresceu a percepção de que o crescimento global será mais brando, a economia americana emitiu sinais e houve movimentação por parte dos principais bancos centrais procurando o ajuste ao novo contexto. O Banco do Japão reduziu seu juro para o campo negativo, o Banco da Inglaterra manteve a sua histórica taxa básica mínima e cortou sua projeção de crescimento, enquanto o BCE vem sinalizando que poderá conceder mais estímulos monetários. E naturalmente, na ponta ficou a percepção de que o FED não tem ambiente para continuar elevando a sua taxa de juro.

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Ai então o nosso Brasil insinuou-se a seguir a mesma linha, porém é preciso ser realista, o país tem fatores muito adversos que não o permitem compartilhar ações em linha e ajuste no preço da moeda americana como aquele núcleo de países.

Há certa postura pretensiosa no país de se imaginar que esta situação poderá fazer convergir para o país volumosos montantes de investimentos em renda fixa e variável, menosprezando o fato de estarmos com o conceito de risco bastante agravado, o que é um fator de contenção embora a taxa de juro seja elevada, e, de ter presente neste momento no país os representantes da Agência de Rating MOODY´s, última das 3 grandes que ainda não retirou o grau de investimento, mas que tem tudo para fazê-lo pós visita.

A visão conceitual a respeito do Brasil no exterior, desde organismos importantes como FMI, IIF, e outros e analistas de considerados meios de comunicação, é bastante negativa e ninguém vê superação no curto prazo, mas sim agravamento.

O governo não tem agido de forma convincente. Divulgou um programa de R$ 83,0 Bi, dos quais mais de 60% com recursos do FGTS, que não sensibilizou o mercado financeiro e nem o setor produtivo da economia, pois tem muito de busca de volta a antigas práticas que já não são cabíveis nesta fase.

O desemprego é ameaçador aos trabalhadores que já viram ser fechadas 1,5 milhão de vagas em 2015, o que afeta a renda e a propensão ao consumo, que tem a forte contribuição da inflação que continua aquecida e com característica inercial.

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E o governo está fixado na ideia de elevar tributos como a CPMF que atinge todas as classes, rever benefícios previdenciários e tributar os ganhos de capital. Na “própria carne”, como poderíamos dizer, nada e este seria um fator relevante para impactar na espiral inflacionária.

Neste contexto nefasto, imagina-se grande fluxo de investimentos na conta capital, sob o argumento de que o Brasil “está barato”, mas este conceito merece reparos quando se trata de uma economia com baixa capacidade de retorno ainda por um longo período e com um risco cambial acentuado.

Projeta-se retumbante saldo da balança comercial, imaginando um ambiente em que continuaremos vendendo bem nossas commodities e importando cada vez menos como causa direta da recessão. Entre o desejável projetado e o possível há um expressivo “gap” que acreditamos fulmina a pretensão de zeragem nas contas externas, até porque a economia global em ritmo menos intenso comprará menos, em especial commodities.

Projeta-se ainda uma ilusória taxa inflacionária e uma taxa cambial absolutamente fora do ponto.

E tem-se, o que parece correto, visão de que a pressão inflacionária, dada suas características, não é responsiva a elevação da taxa SELIC. Mas, idealmente o governo deveria cortar drasticamente seus gastos, o que parece absolutamente inviável, tornando assim irreversível a repetência de inflação elevada, mesmo com a considerável contribuição de contenção que venha da recessão.

Então, não é difícil concluir que o país tentou pegar uma “carona” no cenário internacional, procurando ignorar sua efetiva realidade, mas esta é potencialmente forte e impactante, o que torna insustentável e absolutamente sem fundamentos a apreciação que o real apresentou nos últimos dias.

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Não há truques e nem movimentos de mercado de câmbio interno que permitam o irrealismo na formação do preço da moeda americana.

Por isto, entendemos que houve um espasmo tentativo de colocar o Brasil em linha com o contexto prevalecente no mercado global, mas insustentável e a taxa cambial no nosso mercado deverá retornar a sua realidade.

Continuamos com a nossa projeção, apontada em dezembro de 2015, indicando o preço da moeda americana para o final do ano em R$ 5,00, e evolução mais acentuada nesta direção a partir da disponibilização dos números da nossa economia ao final do 1º trimestre.

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