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Eleições 2022: Quais os impactos na economia?

Publicado 07.10.2022, 19:37
Atualizado 09.07.2023, 07:32
Na última semana, como esperado, os resultados das eleições presidenciais levaram ao segundo turno o atual presidente da República Jair Bolsonaro e Lula. De diferentes orientações ideológicas, ambos travam uma disputa um tanto delicada em busca não só do posto político mais alto do país, mas também do futuro do Brasil. 
 
Antes de mais nada, porém, gostaria de ressaltar que não se trata da defesa de A ou B. O conteúdo aqui compartilhado passou pela análise de profissionais com vasta experiência no mercado de capitais e tem como objetivo promover o debate sobre a economia brasileira, sem nenhuma intenção de provocar ou ofender alguém. 
 
Explicado este ponto, durante a semana um bate-papo com alguns gestores lançou luz sobre a questão das eleições. Com uma análise profunda de diversos temas, a Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, traçou um panorama que vai de fora para dentro do país e sobre o qual eu gostaria de falar no artigo de hoje. 
 
De início, ela explicou que o cenário de inflação que enfrentamos atualmente é um reflexo da pandemia, mas com adicional da guerra e outras tensões geopolíticas. 
Quando decretada a crise sanitária em 2020, países de todo o globo injetaram dinheiro em suas respectivas economias e aumentaram a liquidez de forma significativa a fim de conter os impactos das restrições. 
 
Nos EUA, quase vimos a inflação chegar a dois dígitos, com uma alta generalizada nos preços de diversos produtos e insumos. Na zona do Euro a situação é igual ou pior, porém, como eu disse, com o fator do conflito entre Rússia e Ucrânia na mesa. 
 
E daí emerge o grande debate sobre a receita para resolver este problema: a alta dos juros. Quando isso ocorre, há uma tendência de desaceleração econômica uma vez que trata-se de menos dinheiro disponível no mercado. 
 
Além disso, há o receio de recessão na economia norte-americana. Por isso, ouvimos quase dia sim dia não ouvir que a bolsa caiu por aversão a risco. De forma simplista, isto ocorre por conta da restrição feita na política monetária pelos Bancos Centrais de praticamente todos os países do globo. 
 
No Brasil, a queda inflacionária vista nos últimos três meses deve ser comemorada. Os chamados administrados, no qual estão inclusos combustíveis e energia elétrica, por exemplo, foram os mais beneficiados pelas medidas do governo e, segundo a Tatiana, seus efeitos ainda estão por vir em outros setores da economia. 
 
Em resumo, o mercado espera uma queda inflacionária de forma gradual e lenta por conta dos gastos fiscais feitos desde 2020. 
 
E, pegando um gancho neste tema, vale falar das diferenças entre os dois candidatos. Um estudo realizado pela Tatiana mostra que existem sim orientações distintas, mas que, quando comparados, ambos tendem a ter mais gastos, ainda que no caso de Lula a tendência seja de mais despesas. 
 
Contudo, os dois planos de governo preveem reformas. Mas, novamente, sabemos que o governo do petista costuma trabalhar com juros mais elevados, o que, no longo prazo, é danoso para o país. 
 
Por outro lado, o Teto de Gastos, já rompido pelo atual governo em algumas ocasiões, deve voltar a ser preservado como âncora fiscal a fim de manter a credibilidade do país junto a investidores estrangeiros. 
 
Em outras palavras, quem assumir a cadeira presidencial precisará lidar com os gastos e a inflação. Em 2023, já temos aumentos nas despesas contratados e precisaremos de eficiência na condução da economia. 
 
Considerada uma boa notícia por alguns agentes de mercado, a composição do legislativo traz sim alguma segurança uma vez que medidas radicais tendem a ser freadas pelos parlamentares. Contudo, sabemos do fisiologismo político que permeia o Brasil e que uma parcela considerável dessas casas já fizeram parte de outros governos. 
 
É esperar para ver. 
 
Do lado do investidor, nunca é demais alertar para os riscos. A receita não é tão complicada quanto parece. Diversificar é o caminho e isso pode ser feito de diversas maneiras. Escolher diferentes classes é uma boa dica, e, mesmo dentro de uma mesma categoria, a escolha de produtos diferentes também ajuda. Pense nisso! 

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