Ao criar a dificuldade com a vigente guerra comercial, Trump agora aceita uma trégua de 90 dias para negociar os termos do comércio entre os dois países, em termos que ele talvez considere justos.
Para países como o Brasil, a perspectiva é positiva e as commodities tendem a recuperar parte das perdas observadas recentemente, em especial o petróleo e o minério de ferro.
Ainda assim, as garantias de que a situação está resolvida são poucas, pois a perspectiva de rodadas de negociações e possíveis recuos é grande, portanto, ainda passiveis de volatilidade.
Localmente, a situação de inflação e política monetária se mostra cada vez mais confortável ao BC, com todos os indicadores de preços mais recente apontando para deflação, em partes como resposta do alívio cambial pós-eleição.
Deste modo, com a guerra comercial com uma suposta trégua, com a política monetária confortável e os indicadores de setor externo positivos, resta uma forte atenção ao fiscal no Brasil.
Nem mesmo a recente melhora da arrecadação abre o mínimo espaço para qualquer exceção no controle fiscal, daí a importância da posição de Guardia quanto à partilha da receita da cessão onerosa.
De maneira ainda mais contundente, a reforma da previdência tem sua importância incrementada, daí a atenção redobrada à questão política.
Para esta semana, o mercado de trabalho pode adicionar ainda mais pressão na elevação de juros nos EUA, com repetição dos ganhos expressivos de salários, com aumento de produtividade.
CENÁRIO POLÍTICO
Bolsonaro mira em Trump como exemplo, mas vem agindo como Obama, “gente como a gente”.
Por mais midiático que pareça, este tipo de proximidade com o eleitor tem importância renovada no atual congresso fragmentado e em partes, inexperiente.
Daí a importância do apoio popular para as primeiras medidas impopulares a serem tomadas pelo novo governo, em especial àquelas ligadas à previdência.
Pode não ser proposital, mas Bolsonaro sendo Bolsonaro favorece Bolsonaro, para o terror das esquerdas.
Faltam 28 dias para a posse do novo governo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após o encontro do G-20.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, também na expectativa do encontro do G-20.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a alta quase generalizada.
O petróleo abre em alta, com o fim das hostilidades comerciais.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 10%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8671 / 0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,239%
Dólar / Yen : ¥ 113,52 / -0,044%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,180%
Dólar Fut. (1 m) : 3871,41 / 0,13 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,57 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,99 % aa (0,14%)
DI - Janeiro 21: 7,94 % aa (-0,13%)
DI - Janeiro 25: 9,57 % aa (-0,62%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,23% / 89.504 pontos
Dow Jones: 0,79% / 25.538 pontos
Nasdaq: 0,79% / 7.331 pontos
Nikkei: 1,00% / 22.575 pontos
Hang Seng: 2,55% / 27.182 pontos
ASX 200: 1,84% / 5.771 pontos
ABERTURA
DAX: 2,485% / 11537,02 pontos
CAC 40: 1,697% / 5088,86 pontos
FTSE: 2,176% / 7132,16 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 89863,00 pontos
S&P Fut.: 1,700% / 2805,20 pontos
Nasdaq Fut.: 2,493% / 7122,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,18% / 83,54 ptos
Petróleo WTI: 4,44% / $53,19
Petróleo Brent:4,05% / $61,87
Ouro: 0,83% / $1.230,65
Minério de Ferro: 0,97% / $64,77
Soja: 0,53% / $16,36
Milho: 1,16% / $370,75
Café: -4,84% / $103,25
Açúcar: 1,17% / $12,98