A economia brasileira está quase tão tímida neste governo quanto no governo submetido ao “impeachment”, praticamente evidenciando fraquíssimo desempenho.
A produção industrial com alta de 0,5% em setembro sobre o mês anterior veio após recuos de 3,5% em agosto e 0,1% em julho.
A produção industrial do Brasil completou o 3º trimestre com esta discreta alta, com um resultado ainda insuficiente para abrir caminho para uma recuperação.
No confronto comparativo com o mesmo período de 2015 a produção caiu 4,8%.
Não evoluímos, a confiança da indústria volta a cair em outubro e tudo sinaliza que a esperada retomada será bem mais lenta do que previsto.
Com expectativas sendo calibradas para baixo, NUCI em queda e os indicadores que medem a situação corrente andando de lado, a sondagem retrata uma evidente perda de fôlego em relação à aceleração produtiva que se desenhava entre março e julho passados.
O déficit primário ficou em US$ 26,6 Bi em setembro, recorde para o mês, acumulando em 12 meses um rombo de US$ 188,3 Bi, piorando o quadro, mas se articula dar proteção ao novo Presidente separando os dispêndios. Um sofisma, na realidade o governo tem como marca a gastança contínua e incontrolável num contexto em que não há recuperação da política fiscal.
Não há investimentos no setor produtivo, o desemprego continua crescente com queda da renda.
Praticamente até o momento trocamos mais pelo mesmo, havendo anseios e discursos.
Do exterior recebemos investimentos direcionados especulativamente para renda fixa e renda variável, tendo maior exposição as operações fortemente especulativas na Bovespa.
O país perdeu liquidamente em torno de US$ 50,0 Bi de recursos financeiros e no todo liquidamente US$ 13,0 Bi.
O país continua pouco atrativo ao capital produtivo.
Vive-se a ilusão de que a taxa de juro SELIC influencia a inflação, num país que tem a taxa básica de 14,0% e empresta em algumas linhas até a 400%.
A quem interessa este fantasioso quadro de recuperação da economia, que na realidade não acontece?
Na realidade o que contém a inflação são os impactos da recessão na economia e um jogo perigosíssimo praticado pelo BC sobre o preço da moeda americana.
Este quadro deletério da nossa economia já merece avaliações e considerações.
A conta chegará!
Já se projeta um PIB menor este ano, recuperação menos otimista também no próximo ano e reflexos no comércio externo, com o dólar com a intervenção do BC forjando uma taxa irreal.
Mas há inúmeros fatores para piorar a situação do Brasil, economicamente e fiscal, contrariando os anseios já que a realidade é outra.