Garanta 40% de desconto
🤯 Perficient disparou 53%. Nossa ProPicks de IA viu essa oportunidade em março Leia mais

Equipe Econômica Qualificada Deverá Mudar Logística da Política Cambial

Publicado 27.11.2014, 07:31

O mercado de câmbio está submetendo o preço da moeda americana à desvalorização confrontando com o comportamento externo e, para tanto, denota estar se ancorando nas expectativas favoráveis em torno da nova equipe econômica do governo, que será anunciada hoje.

Mas, o quadro do setor externo brasileiro, a despeito das reservas cambiais de US$ 375,0 Bi, é amplamente desfavorável e precisará inquestionavelmente de um preço mais realista do dólar para buscar resgatar inúmeros indicadores, inclusive envolvendo a paralisada indústria nacional e a perspectiva de preços baixos para as commodities.

Senão vejamos:

Déficit em transações correntes projetando fechar o ano no entorno de US$ 85,0 Bi, 3º maior do mundo e rondando 3,75% do PIB brasileiro e isto impõe um grande esforço efetivo e estratégico para reversão sustentável, que seguramente não ocorre de imediato e baseado em nomes, mas sim nas ações de curto prazo que poderão ter reflexos no médio prazo;

Déficit na balança comercial de US$ 3,4 Bi até meados deste mês e com tendência de fechar o ano em US$ 4,0 Bi, segundo a própria AEB;

Fluxo cambial positivo líquido inexpressivo no ano de US$ 5,3 Bi até o dia 21 último, a despeito do ingresso de US$ 658,3 Bi, o que corresponde a 0,8%, considerando-se ainda que o pais foi agraciado com relevante ingresso de capital especulativo na forma de “carry trade” quando o FED sinalizou que as mudanças na política monetária americana seriam mais tardias. E ainda, que dos US$ 5,3 Bi tiveram origem comercial US$ 3,8 Bi e financeiro tão somente US$ 1,5 Bi. Neste mês o fluxo até o dia 21 está negativo em US$ 2,938 Bi e se esta tendência se acentuar até o final do ano o fluxo cambial líquido do ano poderá ser bem menor.

As reservas cambiais estão em US$ 375,0 Bi e o BC poupou-se de realizar leilões de venda ao mercado à vista de câmbio valendo-se dos bancos que estão com posições “vendidas” de US$. 13,127 Bi, algo como 3,5% do montante das reservas cambiais.

O BC tem colocado no mercado montante em torno de US$ 100,0 Bi em contratos de instrumentos financeiros denominados “swaps cambiais” que tem se prestado a “comprar credibilidade” para a moeda nacional perante empresas com exposição de risco em moeda estrangeira. Este montante com o quadro atual dos números do nosso setor externo tem baixa capacidade de desmontagem, por isso precisará continuar com a rolagem até que o país conquiste a credibilidade perdida.

A indústria nacional passou desde 2005 por um severo processo de desindustrialização enquanto o preço da moeda americana foi induzido à depreciação pelo governo, com o objetivo que colocá-la como coadjuvante do juro para conter as pressões inflacionárias adicionais oriundas dos gastos excessivos por parte do governo. Atualmente, os indicadores apontam retração expressiva na atividade industrial com geração de desemprego e perda de renda, e baixíssimo interesse do empresariado em investimentos. A solução de curto prazo para reversão do quadro é a manutenção da taxa da moeda americana em patamares realistas, não na forma de benesse mas com fundamentos, para estimular a retomada da atividade econômica do parque industrial brasileiro, permitindo-lhe ser mais competitivo no mercado externo para melhora da balança comercial e internamente, na medida em que o encarecimento dos produtos importados concorrentes passam a assumir preços justos e equilibrados.

O Brasil é exportador potencial de commodities e o boom ocorrido no governo Lula já está distante e os preços externos agora tendem a serem cadentes pela fragilização da demanda dos países carros chefes. Então os países exportadores de commodities estão buscando fragilizar suas moedas para compensar os preços cadentes. E o Brasil não poderá ser diferente para não correr o risco de colocação de suas safras agrícolas e produção de minério de ferro.

Não há como não imaginar que o trajeto mais rápido para buscar recuperação do setor industrial e dar suporte às exportações de commodities em 2015 passa necessariamente por um dólar com preço realista, que temos considerado para fechamento do ano em torno de R$ 2,60, por isso consideramos que a reação do mercado de câmbio, ante a perspectiva da nova equipe econômica, de apreciar o real é absolutamente assimétrica face à realidade do país.


Na contra ponta e da mesma forma imediata o governo com “mão de ferro” deverá adotar significativa mudança na gestão da política fiscal, provocando um forte enxugamento nas despesas e concessões que foram pontos destacadamente erráticos na gestão que se finda e ainda descomprimir os preços que assim vinham sendo mantidos para não “deixar ver” o tamanho efetivo da inflação.

E ainda, ter projetos imediatos para a infraestrutura com a finalidade de atrair investidores estrangeiros com grandes volumes de recursos para melhorar sensivelmente os números do setor externo, agindo com grande objetividade, sem entraves ideológicos ou burocráticos. Esta ação imediata será de grande importância num momento em que os IED´s poderão revelar certo recuo para verificar as novas perspectivas que irão se abrir para o país e o país continuará sendo dependente de financiamento externo para seu déficit em transações correntes.

Nomes podem agregar maior ou menor confiança dos mercados, mas não trazem soluções em si próprios, sendo absolutamente necessário que estabeleçam as diretrizes e no caso brasileiro ocorram resultados positivos de reversão do que está deteriorado e acertos gradualmente, levando o país a reconquista da credibilidade e atratividade.

Contudo, o novo período do governo reeleito com composição nova ao lado da Presidenta Dilma precisará adotar ações e indicações possíveis imediatas que promovam a reversão das expectativas, então via dólar com preço realista poderá influenciar setores relevantes e com a sinalização imediata de política fiscal de arrocho colocará o indicativo de que deseja efetivamente promover mudança radical de gestão.


Mudança radical no curtíssimo prazo. Antes se gastava e represava o preço do dólar e o resultado foi decepcionante. Agora, contenção severa dos gastos e preço do dólar compatível com a realidade.


É o que se espera sem entrar no mérito de tudo o mais que precisará ser feito para recompor o país.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Esta na cara vc que este site é tendencioso, perdeu toda a credibilidade, esta chamando seus leitores de idiotas.
quem publicou esse artigo.... ou estava bebendo.... ou mal intencionado !
isso tá parecendo conversa de bêbado !
Que porra e essa?
um artigo de 2014????que piada!!!!!
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.