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Esperando Notícias Boas, Pois Não Têm Faltado Ruins em Profusão

Publicado 13.11.2014, 07:29

O fator tempo é algo extremamente relevante neste momento pós-eleitoral para que sejam divulgados os novos planos de governo, em especial na área econômica.

O retardamento e a enxurrada de noticias ruins só fazem incrementar o descrédito em torno da efetiva disposição do governo alterar profundamente sua linha de ação neste novo período de governo para o qual foi reeleito.

O quadro da economia brasileira revela disseminada deterioração e urge por medidas corretivas severas, sem o que corre o risco de agravamento das perspectivas e agravamento da visão negativa que o país desfruta interna e externamente.

O governo precisa de uma profunda alteração na sua dinâmica, já que o modelo praticado, em especial nos últimos anos, deixou evidente que continuamos tendo avanços sociais sem crescimento econômico. É necessário que a ordem dos fatores seja alterada,pois é o crescimento econômico que enriquece o país e permite que faça concessões na área social, caso contrário estes tendem a inviabilização pela insustentabilidade.

Como temos dito, o governo precisa ser absolutamente diferente na sua gestão. O país precisa sair da “roda viva” de gastar muito e não alcançar superávits para os investimentos prioritários e com isto impulsionar a inflação que passa a ser combatida com elevado juro SELIC, por si só insuficiente, tendo como coadjuvante o dólar com seu preço induzido à depreciação e com isto provocando a desindustrialização do país.

É fundamental preservar o dólar com preço compatível com a sua realidade de forma que a indústria tenha condições de formar seus preços para o comércio exterior, ganhando competitividade e, também produtividade a partir de novos investimentos.

Ao focar a colocação da indústria em linha de recuperação a contrapartida será a geração de emprego e renda, além naturalmente de arrecadação e ingresso de moeda estrangeira recuperando o desempenho da balança comercial.

Agora o crescimento só será possível com investimentos disseminados na economia brasileira, já que o modelo consumo/crédito já não reúne condições de impulsionar o crescimento do país, seja pelo elevado endividamento já com sinais de inadimplência, seja porque está superado pela satisfação de grande parte da demanda reprimida.

O governo precisa eliminar todos os gastos não fundamentais do seu orçamento, inclusive desonerações e subsídios, para que tenha condições de diminuir sua colaboração direta para as pressões inflacionárias, procurando evitar a alta do juro que pode atrair capitais especulativos que podem impactar apreciando o real, algo não desejável numa nova estratégia.

Criando condições favoráveis poderá ser opção para grandes investidores externos, que focam rentabilizar seus recursos com segurança, direcionando-os a investirem na recuperação da infraestrutura do país.

E é relevante destacar que o país precisa de fluxos externos para financiar o seu não desprezível déficit em transações correntes que este ano deve alcançar US$ 83,0 Bi e para 2015 não deve ser menor e as perspectivas presentes sugerem retração nos fluxos.

Até o momento, os bancos vêm financiando a liquidez do mercado à vista com US$ 9,9 Bi, equivalentes a 2,64% das reservas cambiais brasileiras que estão em US$ 375,1 Bi, poupando desta forma a intervenção do BC no mercado à vista com leilões à vista para gerar liquidez, o que, face à vulnerabilidade do país, pode, em tese, estimular a ocorrência de movimento especulativo depreciando o real. Na semana de 3 a 7 deste mês o fluxo cambial foi positivo em US$ 285,0 M (US$ 728,0 M positivo no comercial e US$ 443,0 M negativo no financeiro).

O Brasil tem ainda no radar riscos de fortalecimento de saída de recursos motivados por mudança do FED na politica monetária americana e, até mesmo dado o crescimento menor de a economia global provocar deslocamento para aplicações em países considerados riscos mais seguros.

Por isso, urge que o governo brasileiro divulgue seus propósitos neste segundo mandato e divulgue as oportunidades que oferecerá de investimentos na infraestrutura de forma concreta, antecipando-se aos demais países no afã de conquistar recursos não pelos juros elevados, normalmente especulativos, mas pela rentabilidade atraenteem projetos de longo prazo no país.

Mas, até o momento tem ocorrido uma farta divulgação e implementação dedecisões ruins, como alta de combustível, energia e juro, afora a preocupante e arriscada decisão em torno da desobrigação com o superávit primário, sem sequer ter composto o staff de comando da economia.

A proposição apresentada ante a incapacidade de cumprir a meta fiscal reforça o descrédito do mercado sobre uma postura mais severa por parte do governo neste novo mandato que se iniciará em janeiro, pois denota, mais uma vez, a tentativa de maquiar as contas públicas, tirando-lhe a transparência e fulminando de forma contundente a já combalida credibilidade que desfruta interna e externamente.

Naturalmente, o governo já apresentou e continuará apresentando argumentos buscando validar a decisão adotada, mas não irá conseguir iludir o mercado e nem os setores produtivos da economia, deixando evidente o que tem preponderado como sua característica maior: de gastos excessivos.

De todo o acervo de noticias ou atos ruins pós-eleição este provavelmente seja o mais preocupante, visto que potencializa – até porque as agências de rating conhecem bem nossas práticas de matemágica – o risco do país perder o “grau de investimento”, o que alteraria fortemente as perspectivas no setor externo na medida em que inibiria considerável ingresso de recursos externos no país.

Entendemos que o preço da moeda americana está em parâmetros compatíveis com a realidade, além de ser a tendência que prevalecerá doravante é, também,um propósito do próprio governo neste segundo mandato, principalmente focando a recuperação da economia.

Consideramos que o mercado financeiro, em especial o de câmbio, tende a cometer um erro se atribuir peso excessivo à escolha deste ou daquele nome para o Ministério da Fazenda, já que ante o “status quo” da economia brasileira, um nome por si só não garantirá o sucesso, sendo necessária coesão de equipe e atitudes firmes.

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