Os dados fiscais mais recentes do Brasil demonstram que o cenário sensivelmente menos problemático do que se previa no início deste ano e principalmente, a arrecadação continua a surpreender em diversos aspectos.
Esta semana foi importante, com uma serie de dados acima das expectativas dos analistas, demonstrando que serviços, varejo e o próprio PIB continuam com a robustez necessária para passarmos bem por esta crise.
Todavia, as mais recentes reações do mercado têm como foco principal o futuro e não o presente, em meio às discussões sobre alteração do teto dos gastos, pagamento de precatórios, criação ou aumento de novos programas de auxílio.
Todos eventos que demandam trânsito considerável no congresso, negociações entre os poderes e além do poder de barganha, forte poder de persuasão, em especial dos que apresentam o projeto.
Eis que temos um problema, pois o ministro Paulo Guedes, antes fiscalista e por isso, amplamente apoiado pelo mercado financeiro e setores da sociedade perdeu boa parte desta ‘aura’, em vista à promessas não cumpridas, muitas pela falta de trato político, outras por má vontade do congresso, mas principalmente, por sua atual posição fiscal.
Resta agora, com a pretensa pacificação a partir da carta de Bolsonaro na semana passada, uma costuma mais complexa dos pontos polêmicos estacionados no congresso como a PEC dos precatórios e projeto de reforma do Imposto de Renda, ambos travando a agenda das reformas que realmente importam, como a tributária e administrativa.
Isso obviamente continua a mexer com o rumo dos ativos de mercado financeiro e por mais que o ministro deseje um dólar em queda, seus discursos o defendendo em alta foram mais ‘eficientes’, infelizmente.
Atenção hoje às inflações no Brasil do IGP-10 e IPC-S, e no exterior, vendas ao varejo, estoques e venda de ativos a estrangeiros nos EUA.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com sentimento global de cautela.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, liderados pelos mercados na China, em especial cassinos em Hong Kong.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, fortes quedas, minério de ferro no foco.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com estoques mais altos nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,37%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2229 / -0,33 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,398%
Dólar / Iene : ¥ 109,42 / 0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,195%
Dólar Fut. (1 m) : 5257,02 / -0,08 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,45 % aa (-2,65%)
DI - Janeiro 23: 8,94 % aa (0,90%)
DI - Janeiro 25: 10,13 % aa (0,90%)
DI - Janeiro 27: 10,55 % aa (0,76%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -0,9624% / 115.063 pontos
Dow Jones: 0,6849% / 34.814 pontos
Nasdaq: 0,8231% / 15.162 pontos
Nikkei: -0,62% / 30.323 pontos
Hang Seng: -1,46% / 24.668 pontos
ASX 200: 0,58% / 7.460 pontos
Abertura
DAX: 0,507% / 15695,13 pontos
CAC 40: 1,078% / 6654,60 pontos
FTSE 100: 0,470% / 7049,48 pontos
Ibovespa Futuros: -0,84% / 115528,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,835% / 4481,70 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,216% / 15469,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,66% / 98,92 ptos
Petróleo WTI: 0,03% / $72,52
Petróleo Brent: 0,15% / $75,41
Ouro: -0,66% / $1.777,89
Minério de ferro: -3,15% / $124,16
Soja: 0,58% / $1.300,75
Milho: 0,56% / $535,50
Café: 2,19% / $187,00
Açúcar: 0,31% / $19,60