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Fed Adota Tom mais Moderado e Sinaliza que sua Nova Palavra de Ordem é Paciência

Publicado 31.01.2019, 10:51
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Não demorou muito para a palavra “paciente” aparecer nos monitores assim que o Federal Reserve divulgou sua declaração política ontem à tarde, fazendo o Dow disparar 100 pontos.

Dow 15 Minute Chart, January 30, 2019

O índice, que reúne as maiores empresas por capitalização de mercado, continuou avançando e saltou mais 150 pontos antes de fechar o dia com uma alta de 434.90 pontos, ou 1,77%, em relação ao fechamento do dia anterior.

Ficaram de fora do anúncio do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) os “riscos ponderados” da declaração de consenso realizada em dezembro. Também deixaram de ser mencionadas “algumas elevações graduais dentro da meta definida”. Em seu lugar constava que o "comitê será paciente" quanto à necessidade de quaisquer outros ajustes.

O presidente do Fed, Jerome Powell, apareceu para sua primeira coletiva de imprensa pós-FOMC sem uma elevação da taxa de juros em mais de um ano e transmitiu bem a mensagem. O cenário econômico sugere que o melhor a fazer é “aguardar pacientemente por uma clareza maior”. O efeito cumulativo dos fatos econômicos e financeiros nos últimos meses “requer uma abordagem atenta e paciente”. A “atenuação das pressões inflacionárias” presente na declaração significa que o comitê “será paciente”. Os preços mais baixos do petróleo e o recuo dos desequilíbrios financeiros fazem com que a posição de “ser paciente” seja a melhor contribuição para a economia neste momento.

À medida que Powell respondia às questões, parecia que havia um lembrete à sua frente dizendo-lhe para inserir a palavra “paciente” em suas respostas, pois isso foi reforçado durante toda a coletiva de imprensa. Os membros do FOMC vinham telegrafando a nova posição de paciência em suas aparições públicas no ano-novo, e as atas da reunião de dezembro, divulgadas em janeiro, já continham a ideia de que a “atenuação das pressões inflacionárias” daria ao comitê certa margem para “ser paciente”.

A cereja do bolo foi uma declaração especial sobre a “implementação da política monetária e a normalização do balanço”. Como Powell deixou claro na abertura da coletiva, o comitê de política decidiu que era preciso manter um balanço geral maior do que o previsto anteriormente, pois os bancos precisam de mais liquidez neste momento.

O comitê está avaliando agora “o momento apropriado” para finalizar seu atual aperto quantitativo. Em outras palavras, ele interromperá a redução do seu balanço mais cedo do que inicialmente se esperava.

Ainda é preciso determinar se o Fed diminuirá o ritmo do seu runoff atual e qual será a composição da sua carteira mais ou menos permanente.

Os investidores chegaram à conclusão de que não era possível ser mais moderado do que isso. Além da alta no Dow, os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos caíram para 2,964%, em comparação com 2,73% antes do anúncio. O dólar se desvalorizou cerca de 0,17%, com base no índice do dólar norte-americano medido pela ICE.

A reversão de 180 graus no tom da declaração de dezembro e da coletiva de imprensa preocupa alguns analistas. Seu receio é que o Fed reagiu de forma exagerada ao comportamento do mercado, adotando uma postura moderada demais, depois de ter sido rígido demais. Muitos, no entanto, ficaram satisfeitos com o fato de o Fed não se restringir mais aos compromissos de elevação da taxa de juros, voltando a adotar uma postura de espera. Eles consideraram positiva a disposição do Fed de mudar de posição conforme as circunstâncias.

Os mercados futuros agora indicam que os investidores não esperam mais nenhuma elevação da taxa de juros este ano. O gráfico de pontos com as projeções dos membros do FOMC para a taxa de juros reaparecerá em sete semanas, na reunião de março, e mostrará até que ponto as previsões dos formuladores da política correspondem às do mercado.

Alguns analistas alertaram que o Fed poderia mudar de posição novamente no final do ano, voltando a adotar uma postura de aperto monetário, se a economia, ao contrário das expectativas atuais, continuar mostrando robustez e as pressões inflacionárias aumentarem.

Porém, muitos acreditam que o Fed já chegou ao fim de um ciclo. Powell não foi claro ao dizer se a atual taxa de juros do Fed de 2,25 a 2,50 marca o fim da linha, afirmando apenas que “está dentro da meta” da taxa de juros natural ou neutra que o banco central está buscando, a fim de não estimular nem refrear o crescimento.

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