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Fed e Copom dão conta da semana

Publicado 24.03.2023, 17:00
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A semana nos mercados globais foi marcada pela continuidade das incertezas em relação ao setor bancário nos EUA e na Zona do Euro. Neste cenário complexo, o Banco Central dos EUA elevou a taxa de juros em 25 pontos base, enquanto o Banco Central do Brasil manteve a taxa Selic inalterada em 13,75% pela quinta reunião consecutiva.

O comunicado da decisão do FOMC traz alterações significativas, reforçando a perspectiva de um mercado de trabalho ainda aquecido e pressões inflacionárias persistentes. Por outro lado, o segundo parágrafo relata a preocupação com as condições de crédito na economia após os episódios no setor bancário das últimas semanas. De toda forma, o comitê reforça a incerteza em torno da magnitude desse aperto de crédito sobre a atividade, emprego e inflação.

Além disso, o comunicado fortalece a atenção do FOMC para o fluxo de dados e indica que algum aperto monetário adicional pode ser apropriado, diferentemente da colocação anterior, que indicava maior certeza quanto à necessidade de mais altas.

Nas projeções, nota-se especificamente a revisão baixista na atividade para o ano corrente e o ano seguinte, enquanto a inflação subjacente esperada para este e o próximo ano foi revisada para cima. Em termos de expectativas de juros, a mediana dos dots para 2023 segue inalterada em 5,1%, enquanto a mediana de 2024 subiu de 4,1% para 4,3% (i.e., um corte a menos). As projeções de juros para 2025 e o longo prazo permaneceram inalteradas em 3,1% e 2,5%, respectivamente.

As informações obtidas na reunião do FOMC parecem apontar para a proximidade do fim do ciclo de altas. A precificação atual do mercado coloca cerca de 50% de chance de alta de 25bps na reunião de maio, enquanto os cortes são antevistos já para a reunião de julho.

Em sua 253ª reunião, o Copom manteve a taxa Selic inalterada em 13,75%, conforme nossa projeção e expectativa do mercado. O comunicado dá ênfase tanto à deterioração das expectativas de inflação como à incerteza relacionada ao cenário de crédito local e as condições financeiras globais. Nossa leitura do comunicado foi mais hawkish do que o antecipado.

Em relação ao cenário externo, o Banco Central mostra-se atento aos eventos recentes relacionados ao mercado bancário, indicando cautela na leitura do cenário externo. Destaca também que, apesar da volatilidade dos mercados, as autoridades monetárias dos EUA e da Europa seguiram na contração monetária.

No balanço de riscos, o comitê fez duas alterações relevantes. Entre os riscos de alta, retira o destaque sobre o hiato do produto mais estreito e o substitui pelo risco de uma desancoragem maior ou mais duradoura das expectativas de inflação nos prazos mais longos. Ademais, qualifica o segundo item dos riscos de alta para contemplar o impacto da incerteza fiscal para a trajetória da dívida pública.

Nos riscos de baixa, o comitê adiciona, conforme o esperado, a perspectiva de uma desaceleração mais acentuada decorrente do aperto das condições financeiras globais. Ademais, substitui o ponto relativo às desonerações pelo risco associado a uma desaceleração doméstica decorrente de aperto maior do que o esperado no mercado de crédito.

O comunicado não tem indicações de alteração da postura do Copom no curto prazo e, portanto, reforça nossa convicção de Selic inalterada por ora. Movimentos de baixa na taxa estão condicionados à queda nas expectativas de inflação.

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