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As reuniões dos Bancos Centrais "que podem ser as mais aguardadas do ano" irão acontecer no decorrer desta semana. Amanhã (21), sairão as mais importantes variáveis para nossa economia, que são a Taxa de Juros dos EUA e a Taxa de Juros do Brasil.
Primeiramente, às 15h00 saberemos a nova taxa de juros dos EUA, que estão na faixa de 2,25%-2,50% ao ano. A grande expectativa é de um aumento de 0,75 ponto percentual, o que levaria a taxa de referência para o intervalo de 3%-3,25% ao ano. Já no caso da taxa brasileira, o esperado é que seja mantida a atual taxa que está em 13,75% ao ano e se mantenha assim até o final do ano.
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Além disso, teremos também as divulgações da taxa de Juros do Japão e do Reino Unido.
O mundo tenta antecipar os movimentos dos Bancos Centrais. O contexto brasileiro é o mais tranquilo e fácil de ler, pois os últimos dados inflacionários têm saído para baixo, alguns até apontando deflação. No próprio relatório Focus, que levanta dados de analistas de mercado, está claro a projeção inflacionária para baixo. O movimento das commodities tem ajudado bastante esse ponto, logo, não acredito que seja necessário um aumento de juros no Brasil, que deve fechar o ano em 13.75% a.a.
A grande questão está nos próximos movimentos nos EUA. Aproximadamente 80% dos analistas creem em um aumento de 75 pontos-base na taxa de juros, já 20% acredita no aumento de 1 ponto percentual.
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O que pode parecer uma diferença pequena (0,25) pode trazer um caos e correria para os ativos de risco. Se esse movimento acontecer, pode ser um sinal de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode não parar por aí. Ex-dirigentes da autoridade monetário tem comentado que para "controlar a inflação atual americana seria necessário a taxa de juros estar entre 5 e 6% a.a."
Se isso acontecer, podem tirar as crianças da sala pois sim será a SURPRESA da SURPRESA da SURPRESA e o mundo irá tremer.
Se vier dentro do esperado, nada muda, pois a decisão já está nos preços. Claro, temos que ficar atentos às falas, principalmente do chairman do Fed, Jerome Powell.