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FED Mantém Postura Paciente, mas o Brasil tem Motivos para Impaciência

Publicado 29.01.2015, 07:00

O Federal Reserve, banco central americano, asseverou ontem em sua primeira reunião do ano que manterá a postura paciente para elevar os juros e afirmou que a economia dos Estados Unidos vai bem, apesar das turbulências em outros mercados ao redor do mundo.

Não deu relevância às decisões adotadas por outros bancos centrais neste mês com o intuito de estimular suas economias enfraquecidas e projetou contínua expansão econômica nos Estados Unidos.

O FOMC entende que pode ser paciente para dar inicio à normalização da política monetária.

Os indícios de possível mudança na política monetária, após inúmeras abordagens por parte de seus membros, ficaram para entre junho e setembro deste ano.

Evidentemente que com este contexto “dá uma folga” a pressões imediatistas de saída de recursos dos países emergentes para o mercado financeiro americano, embora de curtíssimo prazo.

A impressão que ficou é que o FED/FOMC está seguro da recuperação da atividade econômica americana, não se deixando influenciar por um ou outro dado menos expressivo e meramente pontual.

É evidente que as relações paritárias entre as inúmeras moedas, com destaque dos países emergentes, repercutem esta folga, uns mais outros menos, dependendo do “status quo” de cada um e as perspectivas que o fato enseja quando for normalizada a política monetária americana em termos de saída de capitais e seus impactos.

Mas temos preocupações em relação ao Brasil e o desempenho de seu setor externo, tendo em vista que o país tem uma situação bastante desfavorável, provavelmente a mais desfavorável, entre os emergentes viáveis.

A decisão americana quando adotada seguramente promoverá a saída de recursos do país, mas o que é o foco maior e central neste momento é a perspectiva de que os ingressos de recursos externos venham a se tornar minguantes em termos líquidos, num ambiente em que a moeda nacional já está sendo soberbamente ancorada para ter credibilidade em expressivo montante “em ser” de “swaps cambiais”, que podem vir a perder a sua eficácia na contenção da alta do preço da moeda americana pelo excesso da oferta e que precisará ser mantida enquanto o país não recuperar fluxos cambiais positivos, ao mesmo tempo em que os bancos já vem de longa data mantendo a liquidez do mercado à vista, operando com posições a descoberto (vendidas) e que poderá em determinado momento exigir presença direta e não indireta do BC ofertando dólares a vista no mercado.

A presença do BC fazendo diretamente leilões de venda de dólares no mercado seria altamente negativa, podendo mesmo estimular movimentos especulativos sobre o real.

O problema brasileiro centra-se primeiramente na incapacidade de atrair grandes fluxos de recursos externo no curto/médio prazo, já que não desperta atratividade aos investidores estrangeiros e tem seus potenciais produtos de exportação com forte tendência de queda de preço e quantidade e o setor manufatureiro ainda não se demonstra propenso a investimentos e uma postura mais agressiva focando exportar.

Contar com o incerto fluxo de capitais especulativos que possam fluir para o Brasil com operações de “carry trade” desenvolvidas a partir do QE do BCE é muito arriscado, pois ofertamos elevada taxa de retorno, mas há riscos de variação cambial devido a moeda nacional estar sobrevalorizada, e o Brasil atualmente tem muitos “ruídos” em torno de si que acabam por afugentar os investidores, mesmo os especuladores.

O fluxo cambial divulgado ontem pelo BC até o dia 23 aponta fluxo positivo de US$ 662,0 M, resultante de comercial negativo em US$ 1,032 Bi e financeiro positivo em US$ 1,694 Bi, mas não se descarta a possibilidade de fechar negativo ao final do mês.

A balança comercial já supera os US$ 3,0 Bi negativos.

Os fluxos cambiais poderão melhorar na medida em que o país recupere a credibilidade perante a comunidade financeira internacional, mas isto não ocorrerá no curto prazo pois dependerá de resultados positivos que forem obtidos pelo governo na economia, e isto, talvez a partir do 2º semestre de 2016, desde que a nova equipe econômica seja apoiada em seus propósitos de forte ajuste.

Temos plena convicção que no câmbio ocorrerá uma expressiva piora para posterior melhora, não havendo atalhos, por isso entendemos que a taxa cambial deve ser conduzida à simetria com a realidade.

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