A posição do Comitê de Política Monetária (FOMC) do Federal Reserve quanto aos juros americanos compele novamente o mercado ao risco, principalmente com a perspectiva limitada de elevação de juros no médio prazo.
A dobradinha crescimento econômico/inflação como usualmente estudada pela teoria econômica tem sofrido diversos revezes após a crise de 2008 e o temor de FED é de que o cenário benigno do mercado de trabalho agora se reverta em forte inflação no futuro próximo.
Ainda assim, a falta de certeza reforça a perspectiva de forte gradualismo da autoridade monetária e ao mesmo tempo, a manutenção da propensão global pelo prêmio de maior risco. E as bolsas de valores comemoram.
CENÁRIO POLÍTICO
O desenho para uma possível saída de Temer, com a manutenção da equipe econômica começa a crescer bastante no meio político, principalmente pelo ônus que o presidente carrega após as denúncias de Janot.
Para os investidores, a diferença entre Temer e Maia é nenhuma, ou seja, mantidas as premissas de reformas, juntamente à Fazenda e ao BC, o contexto pode inclusive se tornar mais favorável até às eleições indiretas de um novo presidente.
Obviamente, a saída de dois mandatários em menos de um ano tem o seu peso e custo alto em níveis institucionais, porém em vista a tudo que tem sido “relativizado” no mundo, o Brasil pode continuar atraente aos olhos estrangeiros, pelos motivos citados no cenário macroeconômico.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, na expectativa pela visita de Trump à Polônia, para a reunião da OTAN.
Os futuros em NY operam em queda, com os mercados atentos aos dados do mercado de trabalho no setor privado. Na Ásia, o fechamento na sua maioria negativo, devido ao petróleo em queda no mercado internacional.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, após abertura estável, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities a queda é observada no minério de ferro e na platina, enquanto outros metais sobem mais consistentemente, com destaque para o ouro, em alta devido ao dólar fraco.
O petróleo abre em alta em NY e queda em Londres, na expectativa pelos estoques a serem divulgados hoje.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2891 / -0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,167%
Dólar / Yen : ¥ 113,30 / 0,035%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,147%
Dólar Fut. (1 m) : 3314,69 / -0,40 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 8,81 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,76 % aa (-0,45%)
DI - Janeiro 21: 9,98 % aa (-0,20%)
DI - Janeiro 25: 10,72 % aa (-0,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,12% / 63.154 pontos
Dow Jones: -0,01% / 21.478 pontos
Nasdaq: 0,67% / 6.151 pontos
Nikkei: -0,44% / 19.994 pontos
Hang Seng: -0,22% / 25.465 pontos
ASX 200: -0,08% / 5.759 pontos
ABERTURA
DAX: -0,793% / 12354,90 pontos
CAC 40: -1,113% / 5122,42 pontos
FTSE: -0,694% / 7316,46 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63752,00 pontos
S&P Fut.: -0,420% / 2417,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,712% / 5611,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 82,41 ptos
Petróleo WTI: 1,62% / $45,86
Petróleo Brent:1,59% / $48,55
Ouro: -0,21% / $1.224,50
Minério de Ferro: -3,03% / $63,03
Soja: 1,35% / $18,79
Milho: -1,57% / $375,75
Café: 1,43% / $127,65
Açúcar: -0,95% / $13,62