Mais uma sessão descolados do exterior, mais uma por causa da ausência de um sinal mais sério e conciso do novo governo em relação à PEC da transição, a qual inclusive recebeu ‘luz amarela’ no senado, onde supostamente o apoio seria maior.
Para muitos membros do mercado financeiro, entre eles economistas de destaque e com presença por diversas ocasiões no governo, a expectativa que se alimentava era de um novo governo pragmático, mais próximo do primeiro mandato.
Todavia, o que se vê a cada tentativa de avanço, a cada sinal emitido é que o PT está extremamente incomodado com as amarras fiscais e que se possível, não quer respeitá-las, ainda que possam ocorrer as consequências macroeconômicos amplamente conhecidas.
O que parece também é que lula está em seu ponto político derradeiro, ou seja, não haverá mais nenhum mandato sob seu comando, portanto tenta manter Haddad em evidência ao máximo, de forma a substitui-lo em 2026, num posto de destaque.
O problema é que tal posto é o ministério da economia e com os desafios impostos para os próximos anos, a ausência de um técnico gabaritado para o posto, coisa que não falta no Brasil, tem gerado todo estresse do mercado e por enquanto, não há sinais de que tal postura deva mudar.
Sequer mudam as reações dos investidores também.
O feriado nos EUA de ação de graças opera de forma a reduzir substancialmente a liquidez dos mercados e alia-se no Brasil à estreia na Copa do Mundo, portanto, as atenções devem se focar na primeira metade da sessão.
Na Europa, o índice IFO de confiança na Alemanha superou as projeções dos analistas e as revisões do mês anterior, com um sinal importante, em meio às questões energéticas, catalisadas pela guerra na Ucrânia.
Localmente, as atenções se voltam ao IPCA-15 e o retorno da inflação de alimentos e combustíveis, após um trimestre de deflações, que ajudaram a reduzir o impacto das medições anuais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o feriado nos EUA de ação de graças.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após o sinal emitido pelo Fed de possível fim do aperto monetário.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam devido ao feriado.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e prata.
O petróleo cai em Londres e sobe em Nova York, à medida que os temores de interrupção da oferta diminuem em meio a negociações de teto de preço russo.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,05%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,351 / -0,25 %
Euro / Dólar : US$ 1,04 / 0,202%
Dólar / Yen : ¥ 138,22 / -0,602%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,158%
Dólar Fut. (1 m) : 5402,87 / 0,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,19 % aa (1,00%)
DI - Janeiro 24: 14,59 % aa (1,43%)
DI - Janeiro 26: 13,82 % aa (2,22%)
DI - Janeiro 27: 13,77 % aa (2,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1792% / 108.841 pontos
Dow Jones: 0,2814% / 34.194 pontos
Nasdaq: 0,9925% / 11.285 pontos
Nikkei: 0,95% / 28.383 pontos
Hang Seng: 0,78% / 17.661 pontos
ASX 200: 0,14% / 7.242 pontos
ABERTURA
DAX: 0,769% / 14538,55 pontos
CAC 40: 0,571% / 6717,25 pontos
FTSE: 0,212% / 7481,03 pontos
Ibov. Fut.: 0,09% / 109553,00 pontos
S&P Fut.: 0,33% / 4046,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,468% / 11922,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 116,51 ptos
Petróleo WTI: 0,04% / $77,97
Petróleo Brent: -0,12% / $85,31
Ouro: 0,36% / $1.757,73
Minério de Ferro: 0,47% / $95,80
Soja: 0,44% / $1.436,00
Milho: 0,99% / $663,25
Café: -1,05% / $160,10
Açúcar: -0,96% / $19,55