Na ausência de eventos políticos mais relevantes, a semana anterior foi fortemente marcada pela expectativa com os resultados corporativos nos EUA e principalmente, por sinais do Federal Reserve quanto ao rumo dos juros americanos.
Apesar das indesejadas intervenções do presidente Trump no assunto, o resumo é que o FOMC sinalizou um corte, ainda que não nesta reunião, com membros inclusive advogando para que o mesmo ocorra agora, como Bullard.
O problema é que Bullard não acredita em cortes adicionais aos 25 bp preconizados, deixando os investidores, e Trump, decepcionados.
Com isso, os ganhos de uma semana quase lateral dos ativos foram perdidos, em especial nas bolsas de valores, já sofrendo com a ausência de volume operacional.
Localmente, as atenções se voltaram às negociações para possível liberação do FGTS de contas ativas e/ou inativas, ainda sem maiores detalhes, num sinal claro da preocupação do governo com a falta de tração na atividade econômica.
Isso é evidenciado pela alteração da projeção de crescimento do PIB pelo ministério da economia e a liberação do FGTS, ao menos em um trimestre, tende a ter um efeito positivo.
No cenário internacional, as tensões continuam centradas no Irã, agora com a tomada de um navio britânico pela guarda revolucionária iraniana, adicionando mais um capítulo aos problemas graves na região, sem solução de curto prazo.
Na agenda econômica, os destaques ficam localmente para o IPCA-15, arrecadação, dados do setor externo e CAGED, enquanto no exterior reserva a decisão de juros na zona do Euro e nos EUA, mercado imobiliário e no final da semana, o PIB do segundo trimestre.
Na agenda corporativa, começam a diminuir resultados americanos e aumentar os balanços europeus, asiáticos e brasileiros.
Hoje se destacam Hyundai, Phillips, Halliburton, LG, Lennox, Whirlpool e Xerox.
CENÁRIO POLÍTICO
O foco da semana deve ficar nos detalhes da liberação do FGTS e também na redução das polêmicas em torno das declarações do presidente Bolsonaro.
Para o mercado financeiro, pesa o pragmatismo, exatamente por entender não haver nenhuma novidade no que Bolsonaro diz, parte exatamente da sua personalidade.
A preocupação reside na tentativa de emplacar no senado o nome do filho como embaixador em meio à votação da previdência.
Aí sim as luzes amarelas acendem.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, mesmo com a perspectiva de um FED menos agressivo nos juros.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com a abertura da nova bolsa de Shanghai.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos até os 3 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque ao ouro em leve alta.
O petróleo abre em alta, após o confisco do navio britânico pelo Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,28%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7486 / 0,75 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,000%
Dólar / Yen : ¥ 107,88 / 0,158%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,264%
Dólar Fut. (1 m) : 3749,55 / 0,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,50 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,53 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 23: 6,38 % aa (0,47%)
DI - Janeiro 25: 6,94 % aa (0,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,21% / 103.452 pontos
Dow Jones: -0,25% / 27.154 pontos
Nasdaq: -0,74% / 8.146 pontos
Nikkei: -0,23% / 21.417 pontos
Hang Seng: -1,37% / 28.371 pontos
ASX 200: -0,14% / 6.691 pontos
ABERTURA
DAX: 0,125% / 12275,40 pontos
CAC 40: 0,045% / 5554,84 pontos
FTSE: 0,276% / 7529,39 pontos
Ibov. Fut.: -1,16% / 103892,00 pontos
S&P Fut.: 0,205% / 2983,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,354% / 7870,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,20% / 79,54 ptos
Petróleo WTI: 1,56% / $56,50
Petróleo Brent:1,94% / $63,68
Ouro: 0,02% / $1.425,70
Minério de Ferro: 0,10% / $120,99
Soja: 2,01% / $15,70
Milho: -1,45% / $424,50
Café: -0,23% / $107,15
Açúcar: 0,26% / $11,59