Entre a sessão de forte realização de lucros, mesmo com os dados de atividade nacional do Fed de Chicago superando as expectativas e a sessão de hoje, nada muito substancial mudou no mercado financeiro.
A correção de ontem foi importante, em meio ao que se parece ter sido um rally fora de hora, afinal não houve ainda mudança significativa nos fundamentos mais recentes, como a elevada inflação em economias desenvolvidas, o problema cada vez mais severo do gás na Europa e o misto de disputa política e econômica na China, com as mudanças na política de COVID zero.
De qualquer maneira, o foco também retorna à agenda macroeconômica e para o Japão, os dados de PMI ontem seguiram a contração esperada nos dados europeus, ou seja, indicadores inferiores à leitura anterior.
O PMI de serviços Jibun registrou 49,2 pontos, em zona de contração, contra 50,3 em julho, enquanto o composto registrou 48,9 pontos de 50,2 anteriores e manufaturas, 51 pontos, ante 52,1 anteriores, compatível com o problema do aumento de casos de COVID no país.
Na Europa, a contração também foi observada, com redução dos PMI na maioria dos índices britânicos, alemães e na Zona do Euro, onde uma breve melhora foi somente observada na manufatura alemã, saindo de 49,3 para 49,8 pontos e projeção de 48 pontos, dados os problemas de energia no país.
A tendência pode se repetir hoje nos EUA, onde somente o índice de manufaturas deve se manter em expansão, em meio à contração do índice composto e de serviços, além da expectativa com dados de vendas de imóveis novos americanos, setor diretamente afetado pela elevação dos juros e aumento do custo de crédito.
Já localmente, a inflação começa a perder parte do bônus das quedas mais recentes de combustíveis, mas em partes tal perda de ímpeto começa a ser substituída por uma descompressão de alimentos, com o pico do preço da alimentação fora do lar sendo observado na semana anterior, após quase 2 meses de alta constante.
Com isso, o IPCA-15 de amanhã certamente será sucedido por um IPCA fechado de agosto com uma contração menor, mas além de permanecer em deflação, o índice pode surpreender e superar as projeções mais recentes, a depender do resultado a ser observado amanhã.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com os mercados observando petróleo, gás e a série de PMIs e após a pior sessão desde junho.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com a pior inflação em Singapura em 14 anos e seguindo as perdas do ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção à prata e platina.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com os sinais da OPEP+ de possível corte na produção, dadas as quedas mais recentes de preços.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,22%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1584 / -0,21 %
Euro / Dólar : US$ 0,99 / -0,251%
Dólar / Yen : ¥ 137,44 / -0,015%
Libra / Dólar : US$ 1,18 / -0,102%
Dólar Fut. (1 m) : 5172,00 / -0,65 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,74 % aa (0,47%)
DI - Janeiro 24: 13,16 % aa (-0,04%)
DI - Janeiro 26: 11,87 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 27: 11,84 % aa (0,04%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8930% / 110.501 pontos
Dow Jones: -1,9080% / 33.064 pontos
Nasdaq: -2,5473% / 12.382 pontos
Nikkei: -1,19% / 28.453 pontos
Hang Seng: -0,78% / 19.503 pontos
ASX 200: -1,21% / 6.962 pontos
ABERTURA
DAX: 0,314% / 13272,11 pontos
CAC 40: 0,178% / 6390,08 pontos
FTSE: -0,386% / 7504,75 pontos
Ibov. Fut.: -0,86% / 112360,00 pontos
S&P Fut.: 0,17% / 4148,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,217% / 12933,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,08% / 124,71 ptos
Petróleo WTI: 1,72% / $91,91
Petróleo Brent: 1,42% / $97,85
Ouro: 0,02% / $1.736,46
Minério de Ferro: 1,61% / $103,35
Soja: 1,23% / $1.545,75
Milho: 2,68% / $650,00
Café: 1,36% / $227,35
Açúcar: 0,06% / $17,95