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Janeiro chega ao fim hoje para o mercado financeiro com os casos GameStop, em Nova York, e IRB (SA:IRBR3), na B3 (SA:B3SA3), lançando luz sobre a formação de bolhas. A ação coordenada de investidores pessoa física pelas redes sociais mostra o quão disfuncional está o apetite por ativos de risco, alimentado pela colossal liquidez jorrada por bancos centrais. E a situação como um todo é preocupante.
Esse movimento de manada tem feito o preço de algumas ações dispararem, espremendo (squeeze) investidores com posição vendida (aposta na queda), o que provoca uma alta ainda maior dos papéis. IRBB3 liderou as altas ontem no Ibovespa, com +17,82%. Por mais que seja uma reação de pequenos investidores em busca de maiores retornos, o jogo pode acabar mal para o mercado como um todo, dos grandes players aos menores.
O risco é que só se sabe que se trata mesmo de uma bolha quando ela estoura e, aí, o estrago já foi feito. Não à toa, órgãos reguladores estão monitorando a situação para identificar possível crime de manipulação de mercado, de modo a inflar um ativo e causar perdas específicas. As corretoras também acompanham as margens (garantias) das operações e fundos de investimento reduzem a exposição a descoberto (sem proteção).
Muitos se apressaram em dizer que é uma batalha de Davi contra Golias, que permite sonhar e imaginar que o mercado financeiro é democrático e para todos. Seria uma real ocupação de Wall Street, em alusão ao Occupy Wall Street, na qual cidadãos comuns conseguem chamar a atenção de todo o sistema financeiro. Mas nessa disputa, não há mocinho nem vilão e, certamente, terminará em lágrimas.
Movidos pela ganância, os investidores sempre acham que o preço de uma ação pode subir mais - e, consequentemente, seu lucro. Esse sentimento, em verdade, tem sido regra desde março do ano passado, quando trilhões de dólares inundaram o sistema financeiro, sob o guarda-chuva do Federal Reserve. E não há prazo para drenar esses recursos. Assim, milhões de day-traders fazem operações para usar esses estímulos a seu favor.
Afinal, em poucos mais de 20 anos do novo século, vivenciou-se as duas maiores crises financeiras desde a Grande Depressão de 1929 e o que se viu foi o fato de que os bancos centrais globais, comandados pelo Fed, canalizam trilhões de dólares em direção a Wall Street por um período prolongado, sendo sempre resgatados pelos BCs quando algo dá errado. É algo sedutor quando não há emprego no mundo que pague tão bem.
Assim, como se já não bastassem todos os problemas da realidade que o mercado financeiro vem ignorando, a “exuberância irracional” das ações pode ser mais um fenômeno que amplia a indiferença caracterizada pelos investidores. Porém, não se pode descartar que tal movimento atípico seja um risco de cauda (tail risk), totalmente imprevisível. E é daí que surge um cisne negro, extremamente raro, mas com consequências graves.
Em meio às preocupações sobre a volátil especulação em cima de algumas ações, os índices futuros das bolsas de Nova York se retraem nesta manhã, com perdas ao redor de 1%. Para se ter uma ideia, os papéis da varejista de games acumula ganhos de mais de 1.700% somente neste início de ano.
A GameStop disparou nas negociações no after-hours, subindo mais 39% após cair 44% na sessão regular, reagindo à decisão da corretora Robinhood Markets, de que vai diminuir algumas restrições à atividade em ações destruídas por salas de bate-papo online. Ontem, a SEC (equivalente à CVM nos EUA) agendou audiência para ouvir mais sobre o caso.
O sinal vindo de Wall Street contamina a abertura do pregão europeu, após uma sessão negativa na Ásia, onde o Banco Central chinês (PBoC) continuou drenando a liquidez - algo que, surpreendentemente, preocupa o mercado, sobretudo no Ocidente, tão dependente da injeção de recursos. O dólar caminha para o maior ganho semanal desde outubro.
Nos demais mercados, os rendimentos do título norte-americano de 10 anos (T-note) está rondando a faixa de 1,05%. Já o petróleo está de lado, com o barril cotado na faixa de US$ 52. Como pano de fundo, a disseminação de novas variantes do coronavírus e medidas de restrições mais rígidas testam o otimismo de uma nascente recuperação econômica global.
A agenda econômica deste último dia útil do primeiro mês do novo ano traz, no Brasil, dados sobre a confiança no setor de serviços em janeiro (8h) e sobre a inflação ao produtor (IPP) em dezembro (9h). Também é esperada a nota de política fiscal do Banco Central no mês passado (9h30).
Já no exterior, destaque para os dados sobre a renda pessoal e os gastos com consumo nos EUA em dezembro (10h30). Também serão conhecidos números sobre a atividade em Chicago neste mês (11h45), o setor imobiliário em dezembro (12h) e a leitura final de janeiro da confiança do consumidor (12h).
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